2017 - HOLDEN HSV GTSR W1

Um clássico da cultura automobilística australiana, a linha de sedans, peruas e pick-ups Commodore fabricada pela Holden - marca do grupo General Motors - tem data marcada para mudar: a partir de outubro de 2017, ele será substituído por um modelo baseado no Opel/Vauxhall Insignia, sem tração traseira e sem a tradição dos motores V8.
Para terminar a produção em grande estilo, a divisão de veículos de alto desempenho da marca, a Holden Special Vehicles (HSV), apresenta uma última fornada: o sedan GTSR, a pick-up UTE Maloo GTSR e o mais potente Commodoroe já fabricado, o GTSR W1.
Para garantir a exclusividade da série, todos trazem para-choque dianteiro com desenho agressivo e grandes entradas de ar, luzes diurnas de LED, para-lamas alargados em 2,4 cm e para-choque traseiro com difusor de ar e saídas de escape no formato ‘diamante’. O aerofólio traz inserções de fibra de carbono na versão W1.
As rodas de liga leve são de 20 polegadas calçadas com pneus 255/35 na dianteira e 275/35 na traseira (265/35 e 295/30 no GTSR W1, respectivamente), e os freios usam discos de 410 mm na dianteira e 372 mm na traseira. Para deixar o visual mais agressivo, a HSV colocou uma tampa rígida na caçamba da pick-up Maloo.
O visual agressivo é justificado pelo motor V8 de 6.2 litros equipado com um compressor mecânico, que produz 591 cv e 740 Nm de torque, utilizado tanto no sedan GTSR quanto na pick-up Maloo GTSR, com opção de transmissão manual ou automática de seis velocidades.
Já a versão mais potente, o Commodore GTSR W1, esconde debaixo do capô um motor V8 de 6.2 litros sobrealimentado LS9, o mesmo do Covertte ZR1, gerando 644 cv e 815 Nm de torque, surgindo acoplado exclusivamente a uma transmissão manual Tremec TR-6060 (MH3) de seis velocidades.
De acordo com a HSV, o GTSR W1 acelera de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e completa o quarto de milha em 12,1 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h, mas com potencial para atingir 295 km/h.
Além da motorização, houve modificações na suspensão: o GTSR traz a celebrada suspensão do tipo Magnetic Ride Control, presente em modelos de alto desempenho da Chevrolet e da Cadillac, enquanto a pick-up Maloo GTSR oferece uma suspensão mais convencional, com ajuste único e calibrada pela HSV.
A configuração mais apimentada GTSR W1 conta com amortecedores da SupaShock - a mesma utilizada no campeonato de turismo V8 Supercars. Para garantir o belo som do motor V8, surge um sistema de escape ajustável com dois níveis de ruído.
No interior surgem bancos com grandes abas laterais e revestidos de camurça sintética, bordados com o logo GTSR ou W1, dependendo do modelo. O emblema GTSR aparece também no painel do lado do passageiro, nos tapetes e nas soleiras das portas. Serão fabricadas apenas 670 unidades da pick-up Maloo GTSR, 1.300 do Commodore GTSR e apenas 300 unidades do mais potente GTSR W1.
Além de ser o carro mais potente já fabricado na Austrália, o HSV GTSR W1 também será um dos mais caros do país, sendo comercializado a 169.990 dólares australianos. Em entrevista ao site CarAdvice, Tim Jackson, diretor geral da Holden Special Vehicles, justificou o preço elevado do sedan esportivo: “Você encontra um carro que oferece o que o GTSR W1 entrega (644 cv e 815 Nm de torque) nessa faixa de preço? Não. Essa é a justificativa, eu acho.”
Na Austrália, quem quiser adquirir um veículo com uma potência semelhante ao do Holden Commodore GTSR W1 terá que partir para modelos alemães, como o Mercedes-AMG E 63 S (611 cv) e desembolsar 250.000 dólares australianos, o BMW M5 (575 cv) por 230.615 ou optar pelo Audi RS6 (605 cv) ao custo de 246.700.