
A Adams-Farwell teve a sua origem na empresa de fundição de metais denominada Roberts & Langworthy Iron Works. Seus principais produtos na época eram cruzes e bancos de jardim em ferro fundido. Em 1883 Roberts aposentou-se e Eugene Adams investiu na empresa ocupando o seu lugar. Adams então mudou o nome da empresa para Langworthy & Adams Iron Works. Em 1892 Langworthy também se aposentou e o irmão de Eugene Adams comprou a participação de Langworthy e novamente a empresa foi re-organizada e denominada de The Adams Company Foundry and Machine Shop. Ainda em 1892 a fábrica foi destruída em um incêndio obrigando a empresa a mudar de instalações. Em 1895 Fay Oliver Farwell tornou-se sócio da empresa que contava agora com muitos outros produtos desde grandes peças para maquinários a pequenos utensílios domésticos, muitos dele patenteados. Surgia então a Adams-Farwell.
Em 1895 Eugene Farwell começou os seus primeiros projetos com motores de combustão interna para automóveis, desenvolvendo um motor de 3 cilindros que rodava em volta de um eixo fixo no chassi. Farwell acreditava que esta configuração era mais leve que outros motores “convencionais” naquela época. O primeiro protótipo surgiu em 1889 e era basicamente uma charrete com o motor montado entre as rodas dianteiras. O protótipo provou ser funcional e o seu segundo veiculo denominado “2” usava rodas de bicicleta e o motor montado entre as rodas traseiras, tal como todos os Adams-Farwells dali em diante. Cada carro era nomeado com o número da sequência em que iam sendo criados.
O modo único da Adams-Farwell pensar em soluções para problemas encontrados nos novos veículos introduziu e inspirou muitas das inovações da recém criada indústria automobilística. No conversível de Adams-Farwell não era o teto que era retrátil, mas sim o banco do motorista que se desdobrava criando uma pequena proteção contra o sol e a chuva. Outra particularidade era que alguns dos controles poderiam ser deslocados e o motor poderia ser ligado a partir do compartimento do motorista através de uma alavanca que se puxava para cima em vez da tradicional manivela na frente do motor, responsável por tantos ferimentos no início da história automobilística até a invenção do motor de arranque elétrico. Os veículos da Adams-Farwell foram um dos primeiros que realmente poderiam ser dirigidos o ano inteiro.