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Às vezes, os sonhos se tornam realidade e um protótipo pode ser leiloado como uma obra de arte. Em 1950, a Bertone se associou ao jovem Franco Scaglione para desenvolver visões sobre como poderia ser o carro esportivo do futuro, sob os auspícios do ‘Biscione’. A marca forneceu a base técnica do Alfa Romeo 1900 para que as equipes de design pudessem concretizar suas ideias mais ousadas.

Esse trabalho criativo resultou no projeto Berlinetta Aerodinamica Tecnica (B.A.T.), que, entre 1953 e 1955, deu origem a três veículos tão atraentes quanto irreais e diferentes: os B.A.T. 5, B.A.T. 7 e B.A.T. 9, com uma numeração que seguia a ordem das propostas em tamanho real apresentadas por Scaglione.

Após a repercussão causada pelo B.A.T. 5 em 1953, no ano seguinte, foi a vez do B.A.T. 7, que teve seu batismo de fogo no Salão de Turin, onde suas linhas audaciosas e aerodinâmicas causaram sensação.

O B.A.T. 7 enfatizou a aerodinâmica. Sua elegante silhueta em forma de gota dágua, sua carroceria totalmente plana, sua dianteira baixa e seu teto plano não visavam tanto a encantar o público quanto a oferecer a mínima resistência ao ar. Com esse objetivo, foram incluídos elementos como as suaves curvas do capô, as passagens de roda integradas à carroceria, os faróis integrados no para-choque dianteiro e as surpreendentes aletas traseiras, grandes, afiadas e inclinadas para o centro. Espetacular em seu estilo e também em seu coeficiente aerodinâmico: 0.19.

Além disso, o B.A.T. 7 foi também um autêntico laboratório para o estudo de novos materiais. Para a carroceria, foi escolhida a fibra de vidro para conseguir um veículo leve, mas resistente. Além disso, garantia um alto nível de estabilidade e manobrabilidade, se o motorista quisesse explorar ao máximo o desempenho do motor de 90 cv do Alfa Romeo 1900.