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Em um movimento que reacende a faísca da mobilidade elétrica acessível, a General Motors anunciou nesta semana o retorno do icônico Chevrolet Bolt para o ano-modelo 2027. Após um hiato de dois anos, o compacto elétrico, que já foi o carro elétrico não-Tesla mais vendido nos Estados Unidos, promete reconquistar o mercado com um preço inicial de apenas 28.995 dólares - o mais baixo entre os EVs disponíveis no país. A produção começa no final de 2025 na fábrica de Fairfax, em Kansas City, com as primeiras unidades chegando às concessionárias no primeiro trimestre de 2026.

O anúncio, feito em um evento exclusivo para proprietários fiéis em Los Angeles, marca o renascimento de um modelo que revolucionou o setor em 2017. Na época, o Bolt original foi pioneiro ao oferecer autonomia longa e preço competitivo, vendendo mais de 62 mil unidades em 2022, antes de ser pausado devido a recalls de baterias. “Nossos clientes clamavam pelo retorno, e o Bolt 2027 entrega tudo o que eles amavam - e mais”, declarou um porta-voz da Chevrolet, destacando que o veículo incorpora inovações da plataforma Ultium, a mesma usada em sucessos como o Equinox EV.

Evolução Sem Revolução: Design e Desempenho Refinados

Visualmente, o novo Bolt adota uma abordagem evolutiva, baseado na carroceria crossover do antigo Bolt EUV - o hatchback original foi aposentado para atender à demanda por SUVs compactos. A frente e a traseira foram redesenhadas com faróis LED divididos e uma grade fechada mais afiada, conferindo um ar mais maduro e aerodinâmico, alinhado ao DNA moderno da Chevrolet. Cores externas como Habanero Orange e Relic Green Metallic adicionam toques de personalidade, enquanto o interior ganha materiais premium, iluminação ambiente multicolorida e um console central espaçoso, com suporte para copos térmicos maiores - um detalhe prático para o dia a dia urbano.

Sob o capô, o coração é um motor elétrico de 210 cv (10 a mais que o antecessor), acoplado a uma bateria LFP Ultium de 65 kWh. A autonomia estimada pela EPA é de 255 milhas (cerca de 410 km), um ganho modesto em relação aos 247 milhas do EUV anterior, mas suficiente para viagens diárias sem ansiedade de recarga. O grande salto vem na velocidade de carregamento: agora com pico de 150 kW (três vezes mais rápido que os 50 kW do modelo antigo), o Bolt vai de 10 a 80% em apenas 26 minutos. E há um bônus: o conector NACS nativo permite acesso à rede Supercharger da Tesla, expandindo as opções de recarga rápida para milhões de pontos.

Preços e Versões: Acessibilidade em Foco

A Chevrolet aposta na simplicidade para democratizar o EV. O lançamento inicial será na edição Launch Edition LT, por 29.990 dólares (incluindo frete), com a versão base LT chegando logo depois por 28.995 dólares. Para quem busca mais esportividade, o acabamento RS parte de 32.995 dólares, e uma versão com teto solar tech chega a 35.685 dólares. Todas as opções incluem o sistema Super Cruise de assistência ao condutor, com hands-free em rodovias compatíveis. “É um carro para o povo americano: eficiente, divertido e sem frescuras”, comentou uma analista de mercado, prevendo que o Bolt e o Equinox EV dominarão 2026 nas vendas de EVs da marca.

Contexto de Mercado: Um Remédio para a Crise de Acessibilidade

O retorno do Bolt chega em hora oportuna. Com incentivos fiscais federais em xeque e EVs rivais como o Nissan Leaf (a partir de 25.360 dólares) e o futuro KIA EV3 pressionando o segmento, a Chevrolet reforça sua posição como vice-líder em market share de EVs nos EUA. No entanto, a GM alerta que se trata de uma ‘edição limitada’, embora sem teto de produção definido - uma estratégia para testar a demanda em um mercado volátil.

Analistas preveem que o Bolt 2027 possa repetir o sucesso de seu antecessor, atraindo compradores urbanos e famílias em busca de economia sem sacrificar tecnologia. Com produção em solo americano, ele também se qualifica para eventuais créditos fiscais residuais, potencializando seu apelo. Resta saber se o ‘raio’ elétrico do Bolt iluminará novamente as ruas - ou se a concorrência chinesa e europeia o eclipsará. Uma coisa é certa: por menos de 30 mil dólares, o futuro da mobilidade sustentável acaba de ficar um pouco mais brilhante.