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Com a fundação do INI (Instituto Nacional de Indústria) em 1941, se buscava a criação de grandes indústrias na Espanha em setores chave. Um deles era o automobilístico e se cria a ENASA (Pegaso) para a fabricação de veículos industriais.

Paralelamente, chega-se a um acordo com a FIAT para poder produzir carros sob sua licença. Assim, no dia 9 de maio de 1950, funda-se a sociedade SEAT S.A. com 51% do INI, 42% dividido em partes iguais entre seis bancos e 7% da FIAT.

O primeiro modelo que foi fabricado foi o SEAT 1400, que era um modelo de seis lugares destinado a substituir os velhos taxis e atender um setor médio-alto da sociedade. Além disso, era um modelo fácil de produzir, já que era uma cópia quase exata do FIAT 1400.

Isso permitiu que o início da fábrica fosse menos arriscado, houvesse uma melhor formação dos trabalhadores e os processos de fabricação não tivessem falhas. Este modelo, destinado a um segmento de mercado mais restrito, favoreceu a que não fosse sobrecarregada a produção em série em seus primeiros anos. Se tivessem escolhido um modelo para “todos os públicos”, seria necessário um volume de produção muito alto para começar.

Montar uma fábrica de automóveis naqueles anos não foi nada fácil. Levaram pouco menos de dois anos para construir a fábrica na Zona Franca de Barcelona. Assim, em 1952 já contavam com 95.045 m2 de galpões e escritórios. Além disso, favoreceu a criação de muitas empresas fornecedoras ao seu redor.

Era missão do INI que a maioria da indústria que iria fornecer os componentes à nova fábrica fosse espanhola. Com quase 2.000 operários necessários para iniciar a produção, surgiram outras necessidades como moradia e treinamento.

Assim, tiveram que construir casas e fornecer serviços para todos os novos operários inexperientes que vinham treinar e trabalhar na Zona Franca de todas as partes do território nacional. Nasce também a Escola de Aprendizes da SEAT, que formava todas as pessoas que iriam trabalhar na fábrica.

Desde então, os espanhóis sempre tiveram um SEAT em suas garagens. Eram carros de impulso econômico e de valor sentimental para o espanhol médio.

De fato, hoje em dia, cada vez que a ‘SEAT Históricos’ leva sua frota de carros clássicos para passear, se reúnem centenas de pessoas para vê-los passar e para recordar seus melhores momentos.

A SEAT continua sendo um pilar importante no mercado automobilístico espanhol. Não só por ter líderes de vendas como o Arona (o carro mais vendido na Espanha em 2021) ou por ter criado a bem-sucedida marca CUPRA, mas por manter um complexo empresarial que fornece trabalho a centenas de milhares de pessoas em território espanhol.

O exemplo mais recente temos com a construção da fábrica de baterias de Sagunto, que será a encarregada de produzir este componente para todo o Grupo Volkswagen. Ou o fato de que durante o passado (e complicado) ano de 2021, a SEAT fabricou um total de 391.204 carros, dos quais 106.875 unidades corresponderam ao mencionado Arona.

Alguns aproveitaram os maus resultados econômicos derivados das múltiplas crises que passamos para considerar a SEAT como ‘morta’. Mas nada mais longe da realidade, se olharmos para o crescimento industrial do grupo na Espanha e para a aposta da Volkswagen para que a SEAT seja a ponta de lança na eletrificação dos carros de menor tamanho do grupo VAG.

Se dermos uma olhada em um concessionário da marca, há modelos para todos os gostos. Desde o pequeno Arona, até os grandes Tarraco e Ateca. Carros carregados de tecnologia e equipamento que são, sem dúvidas, uma das melhores opções na hora da compra de um carro.

O presente parece ser sólido, confiável e com garantias. O futuro ainda está para ser escrito, mas não há dúvidas que a história o garante. Cumprir 72 anos não é um aniversário ‘redondo’, mas é um momento importante para reconhecer o que tem sido e o significa a marca para os espanhóis. Felicidades a todos os que pertencem à família SEAT.