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Após vários meses de más notícias, a Karma Automotive finalmente protagoniza uma manchete positiva, pois são vários os meios da mídia americana que informaram que a empresa conseguiu obter o esperado financiamento que necessitava para continuar o projeto. Embora estes relatos também revelem que a empresa recebeu ajuda do governo americano nestes últimos meses para conseguir superar o baque sofrido pela crise sanitária provocada pelo coronavírus.

Segundo informam Bloomberg e Automotive News, vários investidores injetaram um total 100 milhões de dólares na empresa. Por enquanto se desconhece a identidade destes investidores, dos quais tampouco se conhece sua nacionalidade. A Karma nem sequer se pronunciou a respeito, de modo que só podemos esperar que novos relatos revelem mais informações e que a marca confirme o fato oficialmente. Da mesma maneira, a empresa foi beneficiária de uma ajuda que o governo dos Estados Unidos ofereceu aos fabricantes de veículos elétricos de menor tamanho. O total desta ajuda econômica não foi especificado, mas de qualquer maneira não deve superar os 10 milhões de dólares.

Os estranhos eventos protagonizados pela Karma Automotive nos últimos meses formam uma das histórias mais surrealistas vividas na indústria automobilística. Depois de alguns poucos anos em que trabalharam em silêncio, limitando-se a produzir e comercializar o antigo Fisker Karma com um novo nome, de repente e sem prévio aviso, começaram uma agressiva campanha de apresentações. Chegando ao ponto de anunciar que apresentariam cerca de duas dezenas de novidades em pouco mais de um ano.

Nem sequer a parada forçada da indústria provocada pela crise sanitária conseguiu deter o apertado calendário de apresentações da marca. Pois a cada poucas semanas anunciava ou mostrava uma inédita novidade tecnológica. Curiosamente, a empresa acelerou o ritmo de apresentações depois que surgiram declarações de vários empregados da marca, que acusavam a empresa de realizar apresentações de projetos e protótipos falsos. Advertindo de que muitos dos modelos e tecnologia mostrados não eram reais, mas simples decorações que tinham como objetivo fazer crer à mídia que a empresa estava trabalhando nesses projetos.

De acordo com as mesmas declarações, o motivo para montar essa pantomima era para buscar sócios investidores ou inclusive um novo comprador para a empresa, já que sua casa matriz, o grupo chinês Wanxiang Group, havia decidido cortar os fundos que estavam destinados à empresa, deixando-a financeiramente ferida. Isso significou centenas de dispensas e a suspeita de que a empresa iria despedir praticamente toda a força de trabalho sem realizar um só anúncio oficial.

Há poucos dias soubemos de uma informação que assegurava que a empresa estava se preparando para solicitar a falência nos Estados Unidos e assim poder realizar uma reestruturação da mesma. Este informe contava com as declarações de novos empregados, que asseguravam que as dispensas continuavam embora a marca continuasse apresentando novidades a cada poucos dias.