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O Chevrolet Corvette é sem dúvida um ícone da história automobilística e objeto de culto nos Estados Unidos. Entre os modelos do mercado atual, aliás, se trata de uma das denominações mais longevas, já que o ‘Vette’ ainda segue à venda, já em sua oitava geração.

Hoje queremos repassar a história da segunda geração do modelo, o Corvette C2, que completa precisamente 60 anos e que deve seu apelido Sting Ray a um protótipo de carro de corridas de 1959 no qual foi inspirado seu design definitivo. Para muitos, aliás, o Corvette C2 é um dos carros mais bonitos da história do automóvel.

O C2 foi o primeiro Corvette baseado em uma plataforma de novo desenho, já que o C1 utilizou como base o chassi de um sedan, o que permitiu um centro de gravidade mais baixo, uma posição mais esportiva e a instalação de uma suspensão traseira independente que melhorava drasticamente o comportamento e a aderência do modelo.

O Corvette Sting Ray ‘vidro dividido’ (‘split-window’) do ano de 1962 (modelo 1963 nos EUA), foi um carro esportivo único, criado pelo então chefe de design da casa, Bill Mitchell. O modelo também introduziu os faróis retráteis, um traço que seria característico do Chevrolet Corvette durante os 41 anos seguintes. 

Seu principal traço de design, no entanto, era o vidro duplo traseiro, que embora tenha estado apenas um ano no mercado, através do Coupe de 1963, se converteu em um elemento verdadeiramente icônico. O coupe da casa agradou tanto que a Chevrolet conseguiu dobrar suas vendas nos anos posteriores ao lançamento do C2. 

Debaixo do capô, o Sting Ray escondia um potente motor de 5.4 litros V8 ‘small block’ que já podia contar com injeção de combustível, e oferecia entre 365 e 380 cv. Posteriormente, a partir de 1965, se somaram à linha outras opções, como o motor V8 ‘big block’ de 6.5 litros.

Entre o equipamento não faltavam comodidades como ar-condicionado, bancos estofados em couro e um rádio AM/FM, que era o mais avançado para a época em termos de entretenimento.

O primeiro Corvette Z06 chegou na forma de pacote opcional, no ano de 1963, projetado por Zora Arkus-Duntov e pensado para aqueles clientes que queriam competir com seu veículo. Adicionava uma barra estabilizadora dianteira de maior espessura (24 mm), amortecedores de maior diâmetro, molas que quase dobravam sua rigidez em relação às originais e um sistema de freios melhorado (com pastilhas de metal sintetizado, por exemplo).

No caso do Z06, só havia um motor disponível, o bloco V8 de 5.4 litros com 365 cv, equipado com um sistema de injeção mecânica e acoplado a uma transmissão manual de 4 velocidades e a um eixo traseiro Positraction. Uma vez que o pacote não foi promovido, foi um desconhecido para o grande público, e hoje em dia estes exemplares são bastante cobiçados.

No Z06 também se podia optar por um tanque de combustível fabricado em fibra de vidro e maior, de 138 litros (36.5 galões), que era ideal para os circuitos. Apelidados de ‘Tanker’ ou ‘Big Tank’, estes Z06 eram só coupes, embora posteriormente a Chevrolet tenha oferecido este tanque de série e deixou o de 75 litros (20 galões) como opcional.