RENAULT ANUNCIARÁ O SUBSTITUTO DE CARLOS GHOSN EM FEVEREIRO
A Renault já iniciou o processo para constituir um sucessor para Carlos Ghosn, CEO da empresa, já no próximo mês fevereiro, revelou o jornal francês Les Echos, citando fontes próximas ao processo.
De acordo com o jornal francês, a Renault já entrevistou vários candidatos para a sucessão de Ghosn, devendo o novo CEO ser revelado no dia 16 de fevereiro, dia em que o grupo divulgará os resultados de 2017. Após o anúncio, os acionistas da Renault terão que confirmar a escolha para o cargo em junho, durante a reunião anual do grupo.
No entanto, isso não significará o afastamento completo de Ghosn, que continuará liderando a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, entidade comercial independente que se encontra registrada na Holanda.
Lembrando que Carlos Ghosn é CEO da Renault desde 2005 e que terá 64 anos quando o seu atual contrato terminar em maio de 2018. O brasileiro iniciou sua carreira na Renault em 1996, tendo assumido um papel de relevo na recuperação da Nissan em 1999. Em fevereiro passado, Ghosn desistiu do cargo de CEO da Nissan, mas manteve a sua posição como Presidente do Conselho - posição que também detém na Mitsubishi e na Renault.
O jornal francês adianta ainda que a Renault prefere um candidato interno para o cargo de Ghosn - um candidato externo não está descartado, mas teria que ser ‘alguém de extraordinário’. Entre os candidatos mencionados como possíveis sucessores de Ghosn estão Thierry Bollore, principal responsável pela competitividade da Renault; Stefan Müller, diretor de desempenho do fabricante francês; e Thierry Koskas, responsável máximo de marketing e vendas da Renault.
Outra possibilidade poderá ser José Muñoz, responsável pela performance global da Nissan que deixou esta semana o cargo de diretor da Nissan North America em favor de Denis Le Vot - responsável pelas operações da Eurásia na Renault.
Também se fala no regresso de algum dos antigos executivos da Renault, embora pese a idade, afirma o Les Echos citando uma fonte ligada ao processo: Didier Leroy (atual número dois na Toyota com 60 anos); Carlos Tavares (CEO do Grupo PSA com 59 anos); ou Patrick Pelata (número 2 de Ghosn com 62 anos).
O jornal francês lembra ainda que o próximo CEO da Renault precisará contar com o apoio do governo francês - que no último mês vendeu 5% das suas ações e agora conta com 15%.