Notícias

Em 2015 a Renault lançou o Kadjar no suculento segmento dos SUVs compactos, um modelo primo-irmão do bem-sucedido Nissan Qashqai, que foi se renovando ligeiramente com o passar de sua vida comercial, mas que após quase sete anos do seu lançamento já necessitava de uma nova geração, que agora está prestes a chegar acompanhada de toda a nova tecnologia e engenharia que estreou com o novo Nissan Qashqai.

No entanto, este SUV receberá nesta entrega uma identidade completamente nova que a Renault revelou no final do ano passado. Seu nome será Renault Austral, um nome procedente do latim ‘Australis’ que busca reivindicar o mercado europeu para a marca embora olhe também para outras fronteiras.

“Austral evoca a vitalidade e o calor do sul”, explica Sylvia Dos Santos, membro do departamento de marketing da Renault e responsável pela estratégia relativa às nomenclaturas de seus modelos. “É um nome que convida a viajar e é perfeito para um SUV. Tem um equilíbrio harmonioso de sons fáceis de pronunciar e internacionais”.

A nível estético, a marca francesa revelou as primeiras imagens de um modelo que apesar da camuflagem evidencia uma grande semelhança com o novo Renault Mégane E-Tech elétrico. Um aspecto que agora a marca mostrou já sem camuflagem, embora ainda fazendo mistério, em um novo vídeo teaser onde já podemos ver faróis LED muito similares aos de seu parente.

Na verdade, a referência ao novo Mégane 100% elétrico já havia surgido nas primeiras fotos flagrantes que apareceram do carro em testes nas estradas do sul da Europa. Com uma parte frontal muito coberta, mas onde já se percebiam os faróis dianteiros rasgados similares acompanhando uma grade que parece que será maior. Tudo isso se reúne em torno de um perfil completamente novo, mais atlético, que deixa a imagem de um carro tecnológico e elegante, uma intenção que Gilles Vidal, Diretor de Design da Renault, não oculta.

Para isso, de acordo com o que explicam os designers da marca, foram usadas soluções que fazem com que um SUV seja atrativo, jogando com suas proporções. Por exemplo, com as saliências e o tamanho das rodas, com o objetivo de criar um veículo que seja visto musculoso, com personalidade, mas ao mesmo tempo civilizado. Isso também se vê no vinco que recorre a parte inferior da carroceria, inclinado para a parte dianteira transmitindo dinamismo. Assim, apesar de seus 4.51 metros de comprimento, é um carro que deixa uma sensação de robustez e agilidade ao mesmo tempo.

“O Renault Austral combina elementos de estilo fortes que lhe conferem um design dinâmico e elegante. Sua qualidade é visível à primeira vista” explica Vidal. “Reduzimos a separação entre os painéis da carroceria e aperfeiçoamos os ajustes, de tal maneira que transmite de imediato uma sensação de qualidade”.

A isso se soma seu novo visual, na forma de dois modernos faróis LED que mais uma vez exibem um desenho em forma de C unidos ao novo logotipo da Renault, também presente na parte dianteira enquadrado pelos habituais LED com tecnologia de micro-óptica, que exibe linhas e motivos gravados na placa de plexiglas que o forma, oferecendo um efeito visual dos mais chamativos quando iluminado.

Todo este conjunto se traduzirá em um SUV com capacidade para 5 passageiros com um interior onde também parece que a Renault realizará uma pequena revolução dando um salto em termos de qualidade, para colocá-lo entre os melhores de seu segmento, com o que há de mais moderno em tecnologia da Renault em termos de infotainment e assistentes, acompanhado também de uma evolução em termos de design interior e acabamentos. Assim, surge uma grande tela táctil em formato vertical colocada junto ao painel central que fará parte de um habitáculo com um design mais limpo e elegante.

A nível mecânico resta saber os detalhes, mas se espera que a Renault aposte em mecânicas convencionais e eletrificadas, incluindo um híbrido plug-in, já presentes em outros modelos da casa, como o Mégane e o Captur, que contam com uma combinação de motor a gasolina de 1.6 litros com um motor elétrico e bateria de 9.8 kWh para oferecer 160 cv. Seguirá, portanto, e apesar de suas semelhanças, uma estratégia um pouco menos agressiva que a do Qashqai, que renunciou as mecânicas diesel, e prepara a tecnologia E-Power da Nissan para contar com um interessante elétrico de faixa estendida que parece que será exclusiva para modelos da marca japonesa.

De qualquer forma, será preciso esperar um pouco mais para que a Renault apresente este sucessor do Kadjar, que será lançado em poucos meses, com um preço ligeiramente mais elevado que o de seu sucessor, justificando esse mencionado salto de qualidade que a Renault quer aplicar neste novo modelo.