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Em 1961 nascia o Renault 4, um modelo concebido a partir da ideia de Pierre Dreyfus de que “um carro não deveria limitar-se a ter bancos e um porta-malas. É necessário criar um volume”. 60 anos depois do seu nascimento, a Renault prestou uma homenagem ao emblemático modelo no circuito espanhol de Jarama.

Mais de uma centena de exemplares estiveram no traçado vindos de todos os rincões da Espanha, alguns deles tão destacados como dois exemplares de 1964 completamente restaurados e uma versão furgão de 1965 em estado original.

A relação do modelo com a Espanha sempre foi muito estreita, e naquela época a taxa de motorização na Espanha era muito baixa (1 carro por 48 habitantes), o que tornava as previsões de vendas do carro bastante altas.

No entanto, a chave foi o fato de que o R4 era produzido na planta espanhola da marca em Valladolid, da qual saíram 403.213 unidades da versão passeio e 396.704 unidades da versão furgão: 10% de sua produção mundial.

José-Cruz Sánchez Guerrero, presidente do Clube Clássicos Renault 3, 4, 5, 6 e 7, destaca as razões do sucesso do modelo: “seu êxito foi a polivalência e durabilidade. Surpreendeu - e surpreende - por combinar brilhantes capacidades rodoviárias com sua usabilidade no dia a dia. O R4 integrou soluções técnicas muito avançadas para sua época que marcaram um antes e um depois na indústria automobilística. Na verdade, pode ser considerado o primeiro carro moderno. Por isso, não é surpresa que o modelo tenha conquistado um lugar na história e conte no dia de hoje com tantos fiéis admiradores por todo o mundo”.