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Surgiu à venda na Alemanha, esta unidade que provavelmente é a mais misteriosa e especial da curta produção do BMW Z1, pois se trata do único exemplar conhecido que não conta com um motor de 6 cilindros, como o resto da produção do modelo, mas um V8 de origem Alpina.

Embora esse Z1 não seja realmente um modelo assinado pela Alpina, este raro exemplar dispõem de uma preparação com vários elementos do preparador alemão, como o conjunto motor e transmissão e as rodas com o desenho clássico da Alpina. Não sabemos realmente quem foram os responsáveis por esta obra, mas com certeza não se trata de um dos raros Alpina Z1 RLE (Roadster Limited Edition) que foram fabricados pelo preparador na época em uma curta série limitada de 66 exemplares.

Todos os Z1, incluindo os Alpina Z1 RLE, equipavam um motor de seis cilindros em linha de 2.5 litros e 170 cv na versão de série, e de 2.7 litros e 200 cv no Alpina RLE. O modelo das imagens utiliza o eixo traseiro de um M3 e o mesmo motor V8 de 4.6 litros e 347 cv utilizado no Alpina B10. Como curiosidade, todos os Z1 saíram da fábrica alemã sem ar condicionado, precisamente por falta de espaço.

A estética é muito semelhante à do Z1 RLE, com exceção de que não conta com os logotipos da Alpina nem com os adesivos laterais, além disso, os piscas aparecem escurecidos. Foram fabricados somente 66 exemplares do Z1 RLE, a metade para o Japão e a outra metade para a Europa. Outro detalhe curioso é que utiliza um volante muito similar ao do Z8, mas não é possível precisar se é autêntico ou somente uma imitação.

O BMW Z1 foi um esportivo muito especial em sua época. Assim como o primeiro modelo da marca que foi comercializado com a designação especial da BMW Motorsport, o esportivo M1 de motor central, o Z1 não só foi um dos primeiros roadsters modernos que chegou ao mercado, como suas formas não tiveram antecedentes, nem sucessores reais na linha da BMW.

No final da década de 80 começaram a desaparecer as versões conversíveis do mercado europeu, sobretudo os roadsters clássicos. Conseguiram sobreviver somente algumas poucas versões conversíveis, geralmente de turismos do segmento C e de alguns poucos esportivos e modelos Gran Turismo.

O Z1 foi apresentado no final dos anos 80 e embora não se tratasse de uma série limitada, contou com uma produção curta, cerca de 8.000 exemplares entre 1988 e 1991. Após seu desaparecimento, a BMW não teve outro modelo similar até surgir o Z3 em 1996. O Z1 foi o primeiro modelo que utilizou a nomenclatura da série Z, sigla de Zukunft (futuro em alemão).

Sua baixa produção e sua particular natureza, com as pequenas portas verticais de plástico, fizeram com que os preços do Z1 se mantivessem altos durante anos e hoje em dia é tarefa quase impossível encontrar exemplares com um bom preço e que estejam em um estado aceitável. Mas se trata de um modelo que conta com muitas possibilidades de seguir valorizado.

O V8 das imagens está à venda na Alemanha pela impressionante quantia de 219.000 euros, um preço que triplica o das unidades em melhor estado e mais caras do Z1 disponíveis atualmente. Mas sua condição de exemplar único, embora não oficial, parece ter sido o motivo para que o seu vendedor atual tratasse de ter um bom lucro com o modelo.