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Para alguns é uma heresia. Para outros, uma boa solução para seguir curtindo os grandes clássicos automobilísticos na era da eletrificação para à qual caminhamos. Uma empresa britânica especializada na conversão de carros clássicos em elétricos, agora fez isso com um modelo lendário: a Everrati cria um Ford GT40 elétrico.

Como já fez com outros clássicos, como o Porsche 911 da geração 964 e um Mercedes-Benz SL Pagoda, a empresa britânica substituiu o motor V8 por outro elétrico. Agora, não se trata de um Ford GT40 original, mas um modelo fabricado pela Superformance, uma empresa que constrói veículos sob licença.

O carro está em desenvolvimento há vários anos e ainda precisa realizar alguns testes para assegurar-se de que o motor elétrico funciona sob todo tipo de condições climáticas. A Everrati estima que seu GT40 elétrico terá um preço de 440.000 libras esterlinas sem contar impostos, cerca de 2.75 milhões de reais ao câmbio de hoje.

Equipa um powertrain elétrico de 800 cv e 800 Nm de torque máximo, que lhe permite acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 4.0 segundos. O motor vai conectado a uma bateria de 60 kWh que, segundo a empresa, proporciona uma autonomia em torno de 200 quilômetros com uma só recarga. Por enquanto, o motor chega ‘apenas’ até os 650 cv.

O processo de transformação foi bastante peculiar. O carro da Superformance não estava preparado para receber uma mecânica elétrica, assim, a Everrati realizou um profundo escaneamento do carro para ver onde poderia instalar o motor e as baterias. A solução foi colocar as baterias nas soleiras das portas, já que não cabiam debaixo dos bancos, como é habitual.

Um aspecto chave para a Everrati é o peso ou, mais concretamente, sua distribuição. A empresa quer que seus carros elétricos se comportem de uma maneira idêntica aos movidos a combustão, e para isso, o peso é importante. Os técnicos britânicos conseguiram uma relação de 40% na frente e 60% atrás, um pouco melhor que o GT40 MK II de 1966, que tinha uma relação de 38/62.