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Em 2017 cumpriu-se nada menos que 30 anos do nascimento de um dos modelos mais emblemáticos da marca italiana, o Ferrari F40. Entrou para a história como sendo o último modelo demandado pelo próprio Enzo Ferrari, que solicitou a seus engenheiros que desenvolvessem o Ferrari definitivo, e se tornou por direito próprio, no esportivo mais atraente do seu tempo.

Durante anos foi um carro que foi seguido. O modelo de produção mais caro, potente e rápido do mercado logo se tornou a régua com a qual se media o resto dos modelos. Três décadas depois, ainda é um dos ícones da casa de Maranello.

No vídeo abaixo, aparece a linha de produção onde se montavam todos os F40. Não é possível precisar a data concreta da gravação do filme, mas evidentemente foi em algum momento entre 1987 e 1992, os anos em que o modelo esteve em produção, portanto, provavelmente pouco depois do início de sua fabricação.

Nesse fantástico vídeo podemos conhecer os procedimentos artesanais com os quais era fabricado o F40. Um dos aspectos mais curiosos é o seu chassi tubular, que aparece no início do vídeo e sobre o qual Gordon Murray comentou no final dos anos 80 que se tratava de um chassi arcaico, chamando de tecnologia dos anos 50 e que flexionava em excesso nas curvas.

A verdade é que surpreende ver a simplicidade do chassi, já que é composto por muito poucos tubos e muito finos. A parte dianteira e a traseira são elementos separados e o chassi só compreende o núcleo central. Junto a ele, destaca-se o tamanho do conjunto que formam motor e transmissão, que ocupam toda a parte traseira.

A qualidade do vídeo é bem precária, certamente porque foi realizado com a tecnologia da época, e inclusive chamam a atenção várias partes importantes, como a fundição dos blocos e a montagem inicial dos motores. Mas ainda assim, este é um documento de grande valor, que nos aproxima dos aspectos mais importantes do esportivo, do qual existem muito poucos documentos gráficos disponíveis atualmente.