1991 - BMW E1 CONCEPT

A importante aposta da BMW na eletrificação, que inclui o lançamento do recente BMW iX3 e os posteriores BMW i4 e iX, começou em 2011 com a apresentação do BMW i3 Concept no Salão de Frankfurt, que depois se converteu no modelo de produção que todos conhecemos, lançado em 2013.
Justamente 20 anos antes, também no Salão de Frankfurt 1991, o fabricante bávaro apresentou um protótipo elétrico, o BMW E1 Concept, que se adiantava alguns anos à tendência atual, embora seu design mostrasse muito mais a aparência típica da BMW na época do que fez mais tarde o i3, com sua particular estética.
Falamos de um pequeno carro urbano de 3.46 metros de comprimento que lembrava ligeiramente o BMW Série 3 E36, já que os faróis, por exemplo, foram herdados do popular sedan, e a largura do veículo era idêntica, com 1.65 metros, embora fosse muito mais alto (1.40 metros). De qualquer forma, eram proporções que nada tinham a ver com um BMW.
No entanto, o mais interessante do modelo era precisamente o que não ficava à vista, já que, como dissemos antes, foi um dos primeiros experimentos da BMW em termos de mobilidade elétrica. Como é lógico, sua potência, a capacidade da bateria e o desempenho, não tinham nada a ver com os carros elétricos atuais, uma vez que a tecnologia avançou bastante nas três últimas décadas.
Neste caso, o motor elétrico de 32 kW de potência (44 cv) era montado na parte traseira do veículo e se alimentava de uma bateria não de íons de lítio, mas de sódio-enxofre, cuja capacidade era de apenas 20 kWh, com uma voltagem relativamente baixa, de 120 volts. Lembrando que hoje em dia os sistemas elétricos trabalham a 400 volts, e incluso a 800 em alguns modelos, como o Porsche Taycan e o Hyundai IONIQ 5.
O pacote de baterias pesava 200 kg, mas graças à leveza do resto dos componentes do veículo, e ao uso de elementos de alumínio e plástico, este BMW E1 pesava apenas 900 kg. Nesse sentido tinha muito em comum com o posterior i3, que também apostou na construção leve, em seu caso com muita fibra de carbono.
Com relação à autonomia, anunciava por volta de 200 km, o que não era nada mal na época. A recarga completa da bateria em uma tomada convencional, como as de casa, levava entre 6 e 8 horas, de maneira que era uma proposta bastante sensata.
Mas o desempenho deste modelo de duas portas e quatro lugares era muito pobre: demorava 6 segundos para acelerar de 0 a 50 km/h e cerca de 18 para chegar a 80 km/h. Portanto, o sprint de 0 a 100 km/h levava uma eternidade.
O protótipo original do BMW E1 que foi mostrado em Frankfurt em 1991 teve um triste final, já que foi destruído em um incêndio alguns meses depois, mas a BMW apresentou em 1993 um segundo carro, idêntico na parte frontal, mas com uma traseira redesenhada, desta vez na cor verde brilhante e com a opção de também poder montar motores convencionais.