1977 - CHEVROLET CORVETTE IMSA SUPERVETTE

A Canepa é um dos mais reputados especialistas em clássicos de competição do mundo. Embora seu trabalho se concentre principalmente em marcas europeias, como é o caso da Porsche, com a qual tem mantido uma dilatada relação ao longo dos anos, também costuma trabalhar com muitas outras marcas e modelos, sobretudo quando falamos de veículos históricos de competição.
O último trabalho deste especialista com sede na Califórnia é uma peça bem conhecida pelos aficionados norte-americanos, um dos primeiros Chevrolet Corvette C3 de John Greenwood, ex piloto e preparador célebre por suas versões de competição hipervitaminadas e alargadas até o extremo do Corvette das décadas de 70 e 80. Suas versões de corridas, ícones da época por suas hipertrofiadas silhuetas, não só competiram nos Estados Unidos, mas também encantaram o público na Europa, já que participaram em várias edições das 24 Horas de Le Mans.
O exemplar apresentado pela Canepa é um dos dois fabricados por John Greenwood e Bob Riley em 1977 aproveitando o então novo regulamento da IMSA que permitia veículos de chassi tubular, o que abria um leque de possibilidades a pequenos fabricantes como este. Durante o final da década de 70 e início de 80, Greenwood se tornou um nome conhecido com estas modificações superlativas do Chevrolet Corvette.
Este exemplar que aparece nas imagens pertenceu à JLP Racing, e sobre o seu chassi de tubos de 2 polegadas com cromo-molibdênio contou com uma impressionante carroceria alargada e estirada até limites impossíveis para um veículo de rua, mas que permitiam uma enorme carga aerodinâmica para manter este monstro no solo. Sobretudo graças ao pronunciado splitter dianteiro e o enorme aerofólio traseiro. Sem esquecer das rodas, mais próprias de um modelo Fórmula 1 da época.
A nível mecânico surge um mastodôntico motor V8 de 8.2 litros que entrega uma potência em torno dos 750 cv. Após os trabalhos de restauração, este exemplar se encontra como novo, além de contar com altíssimas doses de originalidade. Mas também conta com elementos melhorados, como é o caso das pinças de freio de magnésio, procedentes de um Porsche 935.