2020 - e.GO LIFE

A e.GO Mobile, uma startup alemã focada em veículos elétricos e criada por Günther Schuh, já começou a produção do urbano 100% elétrico e.GO Life, mas ao que parece a jovem empresa enfrenta uma série de dificuldades financeiras, que motivou a solicitação de uma espécie de concordata que lhe permita lidar com seu atual estado de insolvência.
No começo deste ano a e.GO Mobile anunciou a criação de uma joint-venture com um fabricante chinês, com o propósito de iniciar na China a produção de veículos em grande escala. Mas ao que parece, o investidor chinês não foi capaz de cumprir com os compromissos assumidos devido aos efeitos da pandemia COVID-19 que atualmente afeta o mundo inteiro.
Embora recentemente a e.GO Mobile confirmasse que a empresa já havia conseguido arrecadar 310 milhões de euros dos investidores, neste momento a empresa alemã afirma que necessita de 105 milhões de euros para poder sustentar-se, dos quais o sócio chinês já assegurou mais de 50 milhões.
O processo para tentar resolver a situação foi colocado em marcha e o tribunal já designou um administrador provisório, que se unirá ao conselho diretor da e.GO Mobile como administrador geral. Este processo tem como propósito apresentar um plano para resolver a insolvência e neste período a empresa conservará o poder de continuar atuando por sua conta.
O CEO da empresa, Günther Schuh, manifestou através de um comunicado que os investidores deram um forte apoio, que permitiu levar à produção em série o urbano elétrico e.GO Life. No entanto, Schuh reconheceu que devido à crise atual, os investidores têm agora outras prioridades.
De qualquer forma, apesar de os contratos já terem sido assinados, a situação na China e na Europa modificou drasticamente nos últimos dois meses. Tudo parece indicar que no final o acordo não se concretizará e talvez a aposta no futuro para produzir carros elétricos na China não se realize.
A e.Go Mobile havia anunciado uma produção de 3.300 unidades para 2019, mas no final somente 526 veículos acabaram sendo fabricados.
De acordo com os números preliminares, no ano passado a startup alemã fechou o exercício com um prejuízo de 50 milhões de euros e já no mês de outubro começou a atravessar os primeiros problemas financeiros, embora na época pudesse livrar-se de declarar sua insolvência graças ao aporte de 100 milhões de euros por parte dos acionistas.
Apesar das dificuldades, Schuh está otimista e prevê um fluxo de caixa positivo para o segundo semestre deste ano de 2020 e espera que a empresa cresça com força em 2021 e 2022. O diretor informa que conseguirá manter todos os seus funcionários e espera que os fornecedores e os clientes continuem sendo leais à empresa.