2022 - FARNOVA OTHELLO

Nos últimos anos a China demonstrou que está em condições de criar inclusive superesportivos elétricos capazes de rivalizar com as mais modernas propostas europeias, pelo menos sobre o papel. Este Farnova Othello é o mais recente exemplo desta inquietante realidade - para os fabricantes ocidentais - que demonstra que os chineses podem oferecer cifras de potências poucas vezes vistas com um design dos mais impactantes e tudo isso com um preço bastante contido.
As imagens mostram um modelo que parece ter vindo do futuro, mas a Farnova Automotive pretende produzir este Othello já no próximo ano com uma tirada de 200 unidades. Para conseguir isso em tão pouco tempo conta com a ajuda da Quiantu Motors, outro fabricante chinês de esportivos que fabrica o Quiantu K50, um esportivo com DNA chinês, mas também americano, de 400 cv, de cuja base nascerá também este novo hypercar elétrico.
No entanto, como podemos ver, as aspirações do Farnova Othello são muito mais ambiciosas, já que este modelo está equipado com dois motores elétricos que prometem entregar de forma conjunta um total de 1.835 cv de potência e espantosos 12.000 Nm de torque máximo, cifras que junto a um contido peso de 1.350 kg, tornarão possível uma aceleração de 0 a 100 km/h em 1.8 segundos, de 0 a 300 em 8.5 e uma velocidade máxima de 420 km/h.
Toda essa potência virá de uma bateria de 75 kWh da empresa sueca Northvolt, com a qual, de acordo com o pessoal da Farnova, o Othello poderá contar com uma autonomia de até 600 km.
O Othello começará a ser produzido na fábrica de Changde, na China, em uma série limitada de 200 unidades que o tornarão realmente exclusivo. Quanto ao seu preço, a Farnova surpreende anunciando um valor de 1.86 milhões de yuans, o que traduzido a nossa moeda são cerca de unos 1.56 milhões de reais, uma cifra mais própria de um superesportivo de ‘médio’ com cerca de 700 cv em marcas como Ferrari ou McLaren que de um futurista hypercar elétrico de quase 2.000 cv de potência. Quando chegar ao mercado será o momento de saber se no final tudo o que reluz é ouro.