2023 - PAGANI UTOPIA

Agora já podemos ver sem camuflagem o novo superesportivo da Pagani com o nome código C10. Chama-se Utopia e se trata de uma ‘ave rara’ atualmente, onde está tudo fadado à eletrificação.
Não em vão, recorre a um motor 6.0 V12 biturbo de origem Mercedes-AMG que produz 863 cv e nada menos que 1.100 Nm entre 2.800 e 5.900 rpm, sem nenhum traço de apoio elétrico.
Os clientes podem optar entre uma transmissão robotizada de 7 velocidades ou uma caixa manual com o mesmo número de relações. A força mecânica recai completamente no eixo traseiro, que conta como aliado com um diferencial mecânico de acionamento eletrônico. A caixa de câmbios é compacta, leve e está montada transversalmente para otimizar o centro de gravidade.
Sob a carroceria, o Utopia conta com um chassi monocasco elaborado com Carbo-Titanium HP62 G2 e Carbo-Triax HP62, que garantem leveza e máxima rigidez. Por sua parte, os sub-chassis dianteiro e traseiro são de aço Chromoly. Dessa forma o carro mostra na balança 1.280 quilos vazio.
A suspensão é adaptativa com amortecedores controlados eletronicamente e os discos de freio utilizam um material carbocerâmico, com pinças de seis pistões na dianteira e quatro na traseira. Além disso, as rodas dianteiras medem 21 polegadas e as traseiras 22.
Aparentemente, Horacio Pagani tinha suas próprias ideias na hora de desenvolver o carro, mas também ouviu os desejos de seus clientes mais próximos. Em princípio, o esportivo italiano irradia simplicidade, mesclada com linhas fluidas e arredondadas.
Em geral, os contornos são suaves e não há um abuso de aletas e spoilers. No entanto, os que existem cumprem com a função de gerar maior carga aerodinâmica e uma menor resistência ao arrasto.
Junto às rodas forjadas há um extrator de fibra de carbono em forma de turbina, que redireciona o ar quente dos freios e reduz as turbulências sob a carroceria. Como curiosidade, nas laterais dos pneus Pirelli se observa o perfil do carro, o que demonstra que foram criados pensando nele.
Olhando os espelhos retrovisores, parecem estar suspensos no ar por estarem separados da carroceria para conseguir um melhor fluxo do ar. É claro que o trabalho no túnel de vento deve ter sido exaustivo.
Se nos deslocarmos para a traseira do Utopia, percebemos que as lanternas ‘flutuam’ nas laterais dos para-lamas, enquanto que a quádrupla saída de escape de titânio apresenta um revestimento cerâmico com a finalidade de dissipar o calor de maneira eficiente.
No interior não foram integradas telas, exceto uma de pequenas dimensões na frente do condutor. O resto dos componentes são analógicos, ou seja, da ‘velha escola’ e oferecem uma fácil leitura.
Tanto o volante como os pedais foram criados com alumínio, enquanto que o mecanismo da alavanca de câmbios segue estando à vista, porém é mais sofisticado do que nunca. Tudo foi pensado buscando a ergonomia, a eficácia e a facilidade de acesso.
O Pagani Utopia, um projeto que demorou seis anos para ser concluído, superou mais de 50 testes de choque severos, e cumpre com as normas de emissões mais restritas.
A primeira série do veículo, já reservada em sua totalidade, está composta por 99 unidades. É claro que o preço de cada uma delas é muito elevado: 2.15 milhões de euros mais impostos. Certamente que os multimilionários estão encantados em assumir essa cifra.