
A Arrows (Arrows Grand Prix International), mais que uma marca, foi uma escuderia de Fórmula 1. A escuderia Arrows foi fundada em 1977 pelo financista italiano Franco Ambrosio, que se associou com quatro ex-funcionários da equipe Shadow: Alan Rees, Jackie Oliver, Dave Wass e Tony Southgate.
A Arrows, que em inglês significa “flechas”, é na realidade uma abreviação formada pelas iniciais dos sobrenomes dos 5 fundadores.
A escuderia de Fórmula 1 iniciou suas operações em Milton Keynes, no Reino Unido, e o primeiro carro ficou pronto em somente 53 dias. O primeiro piloto da escuderia foi Riccardo Patrese, e com ele ao volante, um Arrows FA/1 conseguiu pontuar em Long Beach, a terceira corrida que a escuderia disputou.
Devido a seus problemas financeiros na Itália, Franco Ambrosio teve que abandonar a escuderia de maneira forçosa e depois indo parar na cadeia. Para completar, a escuderia Shadow entrou com um processo contra a Arrows por considerar que o modelo Arrows FA/1 era uma cópia do Shadow DN9.
Antes que fosse processada, a Arrows reagiu imediatamente e decidiu desenhar um novo carro, o A1, que ficou pronto em 52 dias, justamente um dia depois que um tribunal londrino proibiu que a escuderia utilizasse o FA/1.
No GP de Monza de 1978, Patrese se envolveu em um acidente que custou a vida do piloto Ronnie Peterson.
Em 1981, Ricardo Patrese obteria a única “pole position” da equipe no Grande Prêmio de Long Beach, corrida que liderou até abandonar a prova por problemas mecânicos. A escuderia terminou esse ano no oitavo lugar do campeonato de construtores.
Em 1984, com os motores turbo BMW e marca de cigarros Barclay como patrocinador, a equipe terminou na nona posição do campeonato, e no ano seguinte alcançou a oitava.
Em 1987, a BMW deixou de fornecer motores para a escuderia, que foram substituídos pelos Megatron. Isso não impediu, no entanto, que a equipe inglesa conseguisse seus melhores resultados, com uma sexta colocação em 1987 e uma quarta colocação em 1988, este último graças às frequentes pontuações dos pilotos Eddie Cheever e Derek Warwick.
A era “Footwork”
Em 1990, o empresário japonês Kazuo Ito investiu na Arrows, e os carros da equipe começaram a mostrar o logotipo da “Footwork”. Em 1991, a escuderia passou a chamar-se “Footwork”, e assinou um acordo com a Porsche como fornecedor de motores, mas apesar disso, a temporada foi desastrosa.
No ano seguinte, a equipe utilizou os motores Mugen. A Arrows seguiu competindo sob a denominação Footwork até sua saída da categoria antes da temporada de 1996, quando já havia voltado a utilizar seu nome original. Jackie Oliver reteve o controle da equipe ao longo de todos esses anos.
A era de Tom Walkinshaw
Em março de 1996, Tom Walkinshaw comprou parte das ações da escuderia, e em setembro desse mesmo ano, conseguiu contratar Damon Hill, que havia sido o campeão da categoria nessa temporada.
Para poder pagar o elevado salário do campeão, também contratou o brasileiro Pedro Diniz, que conseguiu vários patrocinadores. A equipe estava perto de conseguir sua primeira vitória no Grande Prêmio da Hungria de 1997 depois de uma série de circunstâncias favoráveis, mas uma falha na caixa de câmbios nas últimas voltas fez com que Hill ficasse no segundo lugar.
Nos anos seguintes, Walkinshaw adquiriu o resto das ações de Jackie Oliver. Brian Hart, que desde 1995 vinha desenhando os motores da equipe, foi contratado pela escuderia para desenhar os propulsores que levariam a marca Yamaha, e mais adiante o mesmo nome da escuderia.
No ano de 2000, a equipe desenvolveu um chassi competitivo e com os motores Supertec deixou de lutar unicamente contra a Minardi, passando a lutar também de igual para igual com a Benetton e a Jordan, tanto nas classificações como nas corridas.
No ano de 2001 a escuderia mudou novamente de motor, desta vez contando com um motor Asiatech e mantendo-se como uma equipe de porte médio e destacando-se em algumas provas.
No ano de 2002, a equipe ficou sem dinheiro na metade da temporada, não podendo participar nas restantes corridas. Sua precária situação econômica a levou à falência no final deste mesmo ano.