A história de uma das mais tradicionais marcas de automóveis americana começou em 1909, quando William C. Durant, um bem sucedido produtor de peças automotivas e carruagens, e fundador da General Motors, pediu a Louis Chevrolet, um piloto suíço famoso no meio automobilístico, para ajudá-lo a produzir uma linha de automóveis populares. Isto ocorreu porque Durant havia saído da General Motors por divergências com banqueiros que investiam na empresa. A parceria entre os dois resultou na fundação da CHEVROLET MOTOR COMPANY OF MICHIGAN no dia 3 de novembro de 1911 na cidade de Detroit, ingressando no turbulento mercado de automóveis da época. O nome da empresa foi escolhido porque William Durant gostava de como a palavra CHEVROLET soava aos ouvidos, além der ser o sobrenome de seu designer e sócio, Louis Chevrolet, que era um nome proeminente no mundo automobilístico, o que atrairia publicidade para a nova marca.
No ano seguinte a CHEVROLET põe nas ruas seu primeiro modelo, chamado CLASSIC SIX, um automóvel grande de quatro portas, com capacidade para 5 passageiros. O modelo oferecia um motor de partida elétrico e faróis elétricos em uma época em que esses itens eram raridade até mesmo entre os carros de luxo. Desde o início, a CHEVROLET trouxe para a sua linha de automóveis e caminhões mais acessíveis a tecnologia e os dispositivos tipicamente reservados a veículos mais caros. Em 1915, a empresa resolveu bater de frente com a Ford, ao lançar no mercado o modelo 490, custando apenas US$ 490, para concorrer com o popular Ford Model T. O sucesso do carro foi imediato, vendendo cerca de 110 mil unidades em menos de três anos. Neste mesmo ano, com o objetivo de aumentar sua capacidade de produção, a empresa inaugurou uma fábrica no Canadá, criando assim a Chevrolet Motor Car Company of Canada.
Em 1916 a CHEVROLET já possuía capital suficiente para permitir a William Durant comprar a maioria das ações da General Motors. Após concretizar o negócio, ele passou a ser o novo presidente da empresa, levando a CHEVROLET, em 1918, a inserir-se na GM como uma divisão autônoma. O primeiro utilitário CHEVROLET teve a produção iniciada em 1918, utilizando a plataforma do automóvel modelo 490. Denominado 490 Light Delivery (entrega leve), era entregue ao comprador apenas com chassi, mecânica, painel e a parte frontal da carroceria: a cabine e a parte traseira deveriam ser fornecidas por empresas especializadas ou construídas sob medida para as necessidades do cliente. Não demorou e outras montadoras no país, como também no resto do mundo, descobriram o enorme filão que esses úteis veículos conquistariam.
No ano de 1924 a marca CHEVROLET começou a ser comercializada na Europa. Nesse mesmo ano a empresa começou a oferecer rádios como equipamentos opcionais para seus veículos. A CHEVROLET conseguiu pela primeira vez ultrapassar a Ford em vendas no ano de 1927. A empresa atingiu a marca de 7 milhões de veículos produzidos em 1930. Era um crescimento e tanto para uma montadora relativamente nova. A primeira pick-up propriamente dita da CHEVROLET, com caçamba instalada de fábrica, foi lançada ainda em 1930. No ano seguinte, a cabine passava a ser construída em aço, abandonando a madeira, e em 1932 a transmissão de três velocidades ganhava segunda e terceira velocidades sincronizadas, o que dispensava o processo de dupla-embreagem. Um ano depois já havia um milhão deles rodando pelos Estados Unidos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, assim como as demais montadoras americanas, a CHEVROLET voltou-se para a produção bélica, como por exemplo, o desenvolvendo de fuzis e bombas. Ao final da guerra os americanos estavam mais do que ansiosos por novos veículos. Apesar do período propício, o modelo CHEVROLET lançado em 1947 não tinha nada de revolucionário, mas graças ao motor Blue Flame Six, considerado por muitos o melhor seis cilindros em linha já fabricado, os automóveis da marca caíram nas graças dos chefes das famílias americanas, devido a sua economia e confiabilidade. Ainda nesta década ocorreu um dos lançamentos ícones da montadora americana: em 1949 surgia o CHEVROLET BEL AIR, que parecia ter nascido destinado ao sucesso. Com sua bela carroceria de duas portas, sem coluna, projetada para lembrar um conversível e sua chamativa pintura de dois tons contrastantes - o famoso ‘saia e blusa’ - o modelo tornou-se o maior símbolo da era de ouro da CHEVROLET, e um dos automóveis de maior sucesso da indústria automobilística.
A década de 50 foi cheia de novidades: em 1953, surgia um dos maiores clássicos da indústria automobilística americana, o CORVETTE, primeiro carro esportivo e com chassi de plástico a ser produzido em série; o motor V8 com diferentes cilindradas, estando o mais potente deles acoplado a uma transmissão manual de três velocidades, em 1955; em 1958 foi a vez dos modelos CHEVROLET EL CAMINO, uma mini pick-up que aliava o conforto de um carro a eficácia de um utilitário, e do luxuoso CHEVROLET IMPALA, um dos modelos de maior sucesso da empresa; e em 1959, o CORVAIR, primeiro carro com suspensão totalmente independente.
A década seguinte foi marcada pelo lançamento de grandes sucessos de vendas como o modelo compacto CHEVY II (1962); o modelo MALIBU (1964); o CAMARO, um ícone da indústria automobilística americana; e a BLAZER (1968), uma perua conversível, com teto rígido removível ou capota de lona. Nesta década a marca CHEVROLET era a mais popular dos Estados Unidos, como confirma os dados do ano de 1963, onde um em cada dez carros vendidos no país era da marca. No ano de 1972, o modelo IMPALA alcançou a impressionante marca dos 10 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento, tornando-se o carro popular mais comercializado da história.
Nos anos seguintes a CHEVROLET continuou lançando no mercado modelos de grande sucesso como o pequeno Chevette em 1976; o S-10 BLAZER em 1983; o CAVALIER, que se tornou o carro mais vendido do país entre os anos de 1984 e 1985; as linhas de carros pequenos e compacto, como por exemplo o GEO METRO, o SPECTRUM e o TRACKER, em 1988; o LUMINA em 1990; a pick-up SILVERADO no final da década de 90; e mais recentemente os modelos AVEO e CAPTIVA. Em 2006, foram vendidos mais de quatro milhões de veículos CHEVROLET em mais de 120 países, confirmando a enorme e vital importância da CHEVROLET para a General Motors. Mesmo com a grave crise enfrentada pela GM, a CHEVROLET continua sendo sua marca mais importante e a quarta mais vendida no mundo no segmento. Em 2011, a marca completou 100 anos de glórias, marcados principalmente pela inovação.