
Qualidade e uma marca forte. Estas são as duas prioridades da HYUNDAI para se preparar para o futuro. Não satisfeita em seguir e aprender, a montadora coreana busca, agora, liderar a indústria automobilística e moldar a evolução dos veículos motorizados. Com seu objetivo divulgado publicamente de tornar-se um dos cinco maiores fabricantes de carros do mundo, a HYUNDAI deu início a uma verdadeira revolução interna, produzindo veículos campeões de vendas e equipados com as mais modernas tecnologias disponíveis. O resultado: é a montadora que mais cresce no mundo atualmente.
A montadora nasceu oficialmente no dia 29 de dezembro de 1967 dentro do conglomerado Hyundai Engineering and Construction Company, fundado em 1947 por Chung Ju-Yung, com a ajuda de seu irmão mais novo, Se-Yung Chung, na Coréia do Sul quando esta ainda se recuperava da guerra, tentando encontrar seu caminho em meio a uma economia global em fase de grande crescimento. Para poder competir com as tradicionais indústrias europeias, americanas e japonesas, a HYUNDAI (palavra proveniente do coreano, hyeodae, que significa ’modernidade’) teria que absorver tecnologias de outras marcas e se desenvolver em tempo recorde. Essa trajetória começou em 1968, quando a empresa obteve a licença para montar alguns modelos da americana Ford apenas para o mercado interno. O primeiro deles foi o Ford Cortina, seguido pelo Ford Granada. Mas o primeiro carro totalmente desenvolvido pela marca coreana surgiria apenas em 1974, o pequeno modelo Pony, apresentado oficialmente ao público no Salão de Turin na Itália e direcionado para segmentos de baixa renda.
Apesar de ter sido concebido pela HYUNDAI, o Pony utilizava tecnologia da Mitsubishi, como por exemplo, o motor, a transmissão, o eixo traseiro e a suspensão; além de ter sido desenhado pelo estúdio de design italiano de Giorgetto Giugiaro. No ano seguinte a montadora lançou o modelo Excel, além de inaugurar uma nova fábrica na Coréia do Sul, capaz de produzir 300 mil veículos por ano. Em 1976, o modelo Pony foi o primeiro a ser exportado, com 1.042 unidades sendo enviadas para o exterior. Seis anos depois, a segunda geração do Pony foi apresentada, já com linhas mais modernas e acabamento mais sofisticado, e em 1984 atingiu um total de 500 mil unidades produzidas. Nesse mesmo ano foi apresentado o modelo Stellar, um sedan compacto para substituir o Ford Cortina. No ano seguinte a HYUNDAI atingiu o total de um milhão de carros produzidos e apresentou seu primeiro modelo de luxo, o Grandeur.
Em 1986 começou a exportar para os Estados Unidos o modelo Excel, ingressando oficialmente no maior mercado consumidor do mundo. Este modelo foi bem aceito inicialmente pelo mercado, mas após a errônea tentativa de baixar o preço, acabou reduzindo junto sua qualidade, o que resultou em uma imagem extremamente negativa da HYUNDAI no que diz respeito à qualidade perante os consumidores americanos. O Excel estava sujeito a problemas de controle de qualidade e precisava frequentemente de trocas de peças. As vendas emperraram, e a HYUNDAI virou motivo de chacota. Sua imagem era tão ruim que o popular apresentador David Letterman do ‘Late Show’ (programa de entrevistas americano com elevados índices de audiência) divulgou uma lista das 10 pegadinhas mais engraçadas para se fazer com os astronautas no espaço, e a número 8 era ‘colar o logotipo da HYUNDAI no painel de controle da nave’. Em 1987 ingressou no segmento dos mini-carros e dos caminhões. Quase no final desta década montou uma fábrica destinada a construir motores V6 e lançou o coupe esportivo Scoupe e o luxuoso modelo Sonata.
Somente no ano de 1991, a HYUNDAI apresentou o primeiro motor de fabricação própria, batizado de Alpha, iniciando assim o caminho para a independência tecnológica, dando origem a uma família de motores com invejáveis níveis de desempenho e economia. E um dos principais motivos de orgulho dessa independência tecnológica ocorreu ainda neste mesmo ano, quando a empresa começou a exportar motores para a Mitsubishi. Foi como se o aluno tivesse superado o professor. O ano de 1996 foi de extrema importância para a montadora coreana, pois além de completar a construção da planta em Asan, uma das mais modernas fábricas de automóveis no mundo, superou a marca de 10 milhões de veículos produzidos em sua história. Um ano depois, a HYUNDAI colocava o pé definitivamente na Europa, com a inauguração de uma fábrica na Turquia. A grave crise econômica vivida pela Coréia do Sul em 1998 desencadeou uma onda de fusões no país, e foi quando a HYUNDAI comprou a KIA MOTORS, formando o grupo Hyundai Kia Automotive Group.
No final desta década, com uma imagem associada à má qualidade, principalmente no mercado americano, a montadora decidiu então apostar fortemente na qualidade e design de seus automóveis, o que aliado a um grande investimento em marketing acabou rendendo resultados mais que satisfatórios após alguns anos, sendo a marca HYUNDAI, hoje em dia nos Estados Unidos, associada à alta qualidade e tecnologia de ponta. Ao mesmo tempo, precisou inovar para atrair consumidores relutantes de volta às concessionárias.
Em 1999, começou a oferecer 10 anos de garantia, na época a mais longa da indústria, de forma a reconstruir a confiança em seus automóveis. E para competir com marcas maiores e consagradas, encheu seus carros com características especiais que muitos de seus rivais vendiam como itens opcionais. A HYUNDAI reforçou seu título de um dos melhores fabricantes de automóveis ao ganhar em 2003 o ‘Global Automotive Shareholdes Value Award’, entregue pela PriceWaterhouse Coopers e Automotive News, pelo segundo ano consecutivo, obtendo sucesso absoluto na Pesquisa de Satisfação do Consumidor, feita pela J.D. Power and Associates. Esta mesma pesquisa classificou o modelo Sonata em primeiro lugar em sua Pesquisa Inicial de Qualidade de 2002 e 2003. Era um passo e tanto para a montadora coreana reconquistar a confiança dos consumidores e fixar ainda mais seu novo posicionamento.
Ao implantar quatro políticas de gerenciamento em 2004, a HYUNDAI acelerou seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, aprimorou seu gerenciamento global estabelecendo sistemas de suporte no mundo todo para se tornar um competidor global em crescimento, expandir suas fábricas para outros países e levar sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento acima do padrão da indústria. Em segundo lugar, ao redefinir sua identidade como um fabricante de automóveis sofisticados e avançados tecnologicamente, agregou mais valor à sua marca. E ao melhorar seu sistema de desenvolvimento de produtos maximizou seu valor corporativo. Em terceiro lugar, manteve suas capacidades de gerenciamento sustentáveis e se comprometeu a cumprir suas responsabilidades sociais ao desenvolver veículos mais seguros e ecológicos ao mesmo tempo em que respeitou seus valores fundamentais, lutando pela ética no gerenciamento e expandindo contribuições para causas sociais.
Por último, deu maior importância ao setor de recursos humanos. Expandindo o recrutamento de engenheiros e especialistas globais, indivíduos talentosos das mais variadas nacionalidades. O resultado dessas medidas pode ser comprovado nos dias de hoje: a HYUNDAI é a montadora que mais cresce no enorme mercado americano e também no mundo, oferecendo automóveis excepcionais como os novos iX30 e iX35, as novas gerações dos modelos Sonata, Azera e Elantra, além do surpreendente Veloster. Além disso, para os motores 1.4 do modelo i20, a montadora desenvolveu uma versão mais ecológica, chamada de Blue Drive. Para reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, a emissão de gases poluentes, foi integrado ao carro o sistema Start/Stop, que desliga o motor a combustão quando o veículo está parado, pneus de baixa resistência aos rolamentos e um sistema de gestão do alternador. De acordo com a marca, a linha Blue Drive emite 114 g de CO2 por quilômetro rodado. E não parou por aí: lançou o Avante LPi híbrido em 2009 e o Sonata híbrido em 2011. Além disso, a HYUNDAI planeja lançar em breve veículos elétricos híbridos no mercado, e já está operando frotas de teste de seus veículos elétricos com célula de hidrogênio e veículos totalmente elétricos, chamados ‘BlueOn’. No Brasil, os investimentos estão sendo intensificados. A matriz desembolsou US$ 700 milhões na fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo, que tem um capacidade para produzir 150 mil veículos, entre eles a família HB20, desenvolvido especialmente para o mercado nacional.