
Durabilidade, visual moderno, linhas arrojadas, desempenho e inovação. Essas cinco qualidades estão sempre presentes em automóveis que levam um pequeno leão como símbolo na grade frontal. Esses fatos transformaram a PEUGEOT em um gigante mundial no setor automobilístico.
A história da tradicional montadora remonta a 1810, quando Jean-Pierre e Jean-Frédéric Peugeot converteram um antigo moinho de grão em uma fábrica de aço laminado a frio. Esta primeira fábrica produzia chapas de serra laminadas e molas de relojoaria, destinados à indústria. Em 1818 a PEUGEOT FRÉRES, como era chamada na época, iniciou a produção de ferramentas e acessórios para uso diverso. Por volta de 1850 apareceu a marca do leão, utilizada para designar as ferramentas feitas com aço de alta qualidade (utilizado na fabricação de lâminas de serra). Oito anos mais tarde, a marca do leão foi registrada no Conservatório Imperial de Artes e Ofícios. A empresa crescia e a diversificação na linha de produtos era inevitável: as primeiras bicicletas feitas sob a marca PEUGEOT foram produzidas em 1882.
O conhecimento adquirido na produção de bicicletas e sua posterior motorização colaboraram para o desenvolvimento dos primeiros triciclos e quadriciclos automotores comercializados pela empresa. Em 1890 surgiu o primeiro automóvel de quatro rodas fabricado pela PEUGEOT. Com motor de 2 cilindros em V da marca alemã Daimler na parte traseira, desenvolvia potência de 1 cv. Foi então, que em 1896, Armand Peugeot fundou a Société Anonyme des Automobiles Peugeot na cidade de Audincourt, tendo como endereço a cidade de Paris, e uma subsidiária em Marselha.
A nova empresa tinha como objetivo produzir veículos de turismo e caminhões. Já no ano seguinte foi fabricado o primeiro automóvel chamado modelo 15, equipado com motor 100% produzido pela empresa. A PEUGEOT se tornou a primeira marca a introduzir pneus de borracha na produção de automóveis. No final do século, em 1899, o portfólio da empresa já compreendia 15 modelos, oferecendo automóveis de de 2 à 12 lugares. Um ano depois a PEUGEOT alcançava a marca de 500 unidades produzidas.
Em 1901, ao acrescentar um motor de 1,5 cv a uma bicicleta foi criada a primeira motocicleta sob a marca francesa: a Motobicyclette. No ano seguinte foi lançado o modelo 306, primeiro carro a ter o motor na parte frontal, capô e volante. Pouco depois, em 1905, foi lançado o carro popular que ficou conhecido como ‘Bébé Peugeot’, um verdadeiro sucesso de venda. Em 1912, Robert Peugeot sucedeu Armand e inaugurou uma nova fábrica na cidade de Sochaux. O desenvolvimento industrial e comercial teve apoio com a entrada nas competições automobilísticas dos célebres PEUGEOT com motor de quatro cilindros, que ganharam inúmeras corridas. O período entre 1914 á 1918 foi dedicado quase por completo a suprir as necessidades do exército francês (ônibus, motores de avião, caminhões e 63.000 bicicletas) na Primeira Guerra Mundial.
Só em 1920, com o fim do conflito, a PEUGEOT deu um novo impulso em seu desenvolvimento com o lançamento de um pequeno modelo, o Quadrilette 161. Incluído na categoria de ciclomotores, esse veículo de dois lugares, que atingia ‘incríveis’ 60 km/h, teve uma grande aceitação entre os clientes da marca. Nesta época, a empresa foi separada em duas divisões: divisão de motocicletas e bicicletas e a divisão automobilística. Nos anos seguintes um plano de racionalização muito importante e a adoção de meios de produção em massa na fábrica de Sochaux permitiram que a empresa lançasse o primeiro modelo realmente de série da marca: o 201, introduzido em 1929.
O modelo revolucionou a história da marca, afinal, foi a partir dele que a tradicional nomenclatura de três dígitos da marca francesa começou a ser definitivamente adotada. Desde a sua origem, as denominações dos modelos não seguiam uma lógica que permitisse aos clientes identificá-los com facilidade. Então foi criada a famosa nomenclatura: com o primeiro algarismo representando o tamanho do carro, o terceiro a cronologia, e o número zero no meio representando a articulação entre os dois elementos. A PEUGEOT patenteou todos os números de 101 a 909, motivo pelo qual a Porsche, em 1963, foi obrigada a alterar o nome do modelo 901 para 911.
Em 1939, todos estes esforços de crescimento foram interrompidos, pois, mais uma vez, a empresa sofreu as consequências da Segunda Guerra Mundial: ocupação, bombardeamentos e saque de suas fábricas. Somente em 1948, no período pós-guerra, a montadora apresentou um novo modelo no Salão de Paris: era o PEUGEOT 203. Depois de três anos de reconstrução e reativação da produção, Jean-Pierre Peugeot, que presidia a empresa na época, viu seus esforços recompensados com o sucesso alcançado por este modelo entre uma clientela que se mantivera durante uma década órfã de novidades. O design do modelo, de linhas arredondadas, inspirava-se nos veículos norte-americanos e rompia com a habitual linha sisuda dos modelos 402, lançado em 1934. Do modelo 203 fabricaram-se aproximadamente 70.000 exemplares entre 1948 e 1960. O modelo foi lançado no mercado em outubro, a versão sedan com quatro portas foi adaptada pelos taxistas de vários países, e também dois tipos de conversível, com 2 e 4 portas, assim como as versões pick-up e furgão.
O modelo 403 foi introduzido em 1955, equipado com para-brisa convexo e pedais suspensos. Quatro anos depois foi lançada a versão à diesel deste modelo, tornando-se o primeiro automóvel de passeio movido a este tipo de combustível. Em 1960 foi introduzido no mercado o modelo 404 desenhado pelo estúdio italiano Pininfarina, que vendeu mais de 1,4 milhões de unidades. A PEUGEOT finalmente alcançava o sucesso. A década de 70 foi repleta de novidades, primeiro, em 1974, ocorreu a fusão entre as montadoras Citröen, que se encontrava em apuros financeiros, e PEUGEOT, criando o grupo PSA Peugeot Citröen, cujo objetivo era manter a identidade de ambas as marcas, partilhando apenas os mesmos recursos técnicos; segundo, o lançamento do modelo 104, considerado na época o sedan mais curto do mundo; e por fim o lançamento, em 1977, dos modelos 305 e 604, sendo que este último entrou para a história como o primeiro veículo europeu a receber motor turbo diesel.
Nas décadas seguintes a PEUGEOT se estabeleceu como uma das gigantes europeias, amparada por lançamentos de sucesso mundial como os modelos 206, 307 e 607, que venderam milhões de unidades e arrebataram outros milhares de fãs. Além disso, a montadora inaugurou fábricas em países estratégicos, como a China (1995), o Brasil (2001) e a Argentina, tornando-se uma empresa verdadeiramente global. Em junho de 2008, a PEUGEOT, evidenciou o pioneirismo e comemorou a marca de 50 milhões de veículos produzidos num total de mais de 160 modelos e 34 famílias de produtos, desde o modelo 201 ao 308, com estilo e características mundialmente reconhecidas.
Em 2010, a marca apresentou o PEUGEOT 3008 HYbrid4, primeiro veículo híbrido a diesel do mundo, que propõe uma oferta inédita em matéria de prestações ambientais e sensações de condução. Além disso, lançou o selo Blue Lion, identificando os melhores modelos de sua linha que melhor conjugam desempenho e respeito ao meio ambiente, cuja redução das emissões de CO2 se traduz em uma oferta de produtos que ostentam este símbolo.