![SCANIA](/assets/uploads/images/stories/slide/c9ee67b6a7d066e2de5061a01c56662d.jpg)
Os imponentes veículos comerciais da SCANIA fazem parte de nossas vidas, do nosso dia-a-dia e do nosso caminho. Afinal, quem nunca se deparou com caminhões da marca transportando mercadorias pelas estradas, em uma grande obra, ou até mesmo com seus imponentes e luxuosos ônibus transportando pessoas para os mais impensáveis destinos.
A história começou em 1891 quando a siderúrgica Surahammars Bruk, constituiu uma subsidiária na cidade de Södertälje chamada Vagnsfabriksaktiebolaget i Södertälje (expressão no idioma sueco para ‘Fábrica de Carruagens Ltd em Södertälje’), e que seria abreviada para VABIS, que iniciou suas atividades com a fabricação de vagões ferroviários e bondes. Quase duas décadas mais tarde, em 1900, era fundada na cidade Malmö no sul da Suécia a Maskinfabriks-aktiebolaget Scania, que inicialmente produzia bicicletas. SCANIA é a forma latina para designar a província sueca de Skane, onde estava localizada a empresa. Finalmente, em 1902, o engenheiro Gustaf Erikson desenvolveu o primeiro caminhão da VABIS. Quase no mesmo momento, em 1903, a SCANIA desenvolvia seu primeiro automóvel, e dois anos depois seu primeiro caminhão.
Finalmente, no dia 18 de março de 1911, a SCANIA se fundiu com a VABIS, que enfrentava grandes dificuldades financeiras, em uma ação comandada por Per Alfred Nordeman para formar a SCANIA-VABIS. Neste momento, a produção de automóveis e motores foi transferida para a cidade de Södertälje, enquanto a de caminhões ficou em Malmö. Ainda em 1911, foi lançado o primeiro ônibus com motor da Suécia, o Nodrmark. Equipado com chassi propulsionado a correntes construído pela SCANIA em Malmö e um motor e carroceria da VABIS fabricados em Södertälje, o ônibus representava um novo padrão em termos de transportes públicos. Em seus bancos, cobertos com uma espessa pele de alce, os passageiros viajavam pelas difíceis estradas locais, alcançando uma velocidade média de 20 km/h.
Dois anos mais tarde a nova empresa abriu sua primeira subsidiária estrangeira na Dinamarca. Pouco depois, em 1915, a produção anual atingia 151 veículos: 76 carros, 74 caminhões e um ônibus. Em 1919, a empresa centralizou seu foco somente na fabricação de caminhões, deixando em segundo plano os automóveis e a pequena produção de ônibus. Porém, com a grande depressão que assolava o mundo, a demanda civil por caminhões era muito pequena e a empresa mergulhou em uma grande crise. No ano seguinte, a crise aumentou com greves de funcionários e a empresa estava à beira da falência.
A empresa acabou sendo liquidada, surgindo, com a ajuda de investidores, uma nova com o nome AB SCANIA-VABIS. Neste momento a nova empresa transferiu a ênfase da produção de caminhões para a produção de ônibus. O sucesso nesta área pode ser atribuído parcialmente ao desenvolvimento do ônibus ‘bulldog’, um engenhoso projeto de August Nillsson, que chefiava o desenvolvimento técnico da empresa. Em 1925, somente depois de quase cinco anos de reestruturação, foi relançada sua nova linha de caminhões. Ao final desse ano, tinham sido vendidos mais de 100 caminhões, mostrando que a empresa estava renascendo. Em 1929 a produção de automóveis foi definitivamente encerrada.
Na década de 30, a SCANIA-VABIS, contava com mais de 500 funcionários, e voltava sua produção para caminhões e ônibus. Em 1932, as vendas de ônibus ultrapassaram as de caminhões. Com o aumento da necessidade de maior capacidade de passageiros, a empresa lançou o ônibus ‘Bulldog’, um passo pioneiro no sentido de uma maior eficácia, graças a um design funcional. O primeiro motor a diesel produzido inteiramente pela empresa foi introduzido em seus modelos no ano de 1936.
Entre 1940 e 1945, a empresa foi reorganizada radicalmente, os caminhões foram definidos como seu produto principal. A partir daí, o conceito de sistema modular de produtos foi concebido e implantado. Em 1945, Adrian Beers, um revendedor de automóveis holandês, começou a importar caminhões e ônibus da SCANIA, dando início à era das exportações e a conquista de mercados estrangeiros. Com o grande sucesso das exportações, Adrian Beers foi durante anos um exemplo de eficiência em vendas de produtos da marca, tornando-se peça fundamental para o sucesso da SCANIA.
No final da década a empresa lançou o seu motor diesel com injeção direta. Esse motor era tão durável que ficou conhecido como o ‘motor de 400.000 quilômetros’. Em 1954, foi lançado no mercado o caminhão Regent, que alavancou as vendas da SCANIA, tornando-a extremamente competitiva dentro do mercado mundial. Nesta década a empresa possuía entre 40% e 50% de participação de mercado na Suécia, chegando a 70% no segmento de caminhões pesados e exportando 50% de sua produção. Foi também nesta época que começou a formar uma rede de vendas e serviços pelo continente europeu.
Em 1969, os acionistas da SCANIA-VABIS e da também sueca Saab (fábrica de aviões militares e automóveis), decidiram unir as duas companhias e formar a SAAB-SCANIA. A partir deste momento, os veículos seriam denominados apenas SCANIA, sem o nome VABIS, e seria suprimida a estrela dentro do círculo que acompanhava o nome em seu logotipo. Essa associação foi dissolvida em 1995 e a SCANIA tornou-se novamente uma empresa independente.
Nesse mesmo ano a empresa lançou no mercado os primeiros modelos dos novos caminhões da chamada 4-Series. A empresa atingiu em 2000, uma importante marca histórica: a produção de um milhão de veículos pesados, que envolveu na produção 11 fábricas em cinco países, com o bloco do motor sendo fabricado pela SCANIA do Brasil. O milionésimo caminhão global foi doado à Cruz Vermelha Internacional, e atualmente participa dos programas de ajuda humanitária na África. No dia 3 de março de 2008, o grupo Volkswagen anunciou a compra de participação acionária adicional na SCANIA, passando desta forma a ser o acionista controlador da empresa. Recentemente, em 2012, a SCANIA recebeu uma mega-encomenda de 375 caminhões da chinesa Zoomlion, empresa que constrói bombas de cimento móveis usadas para a construção de edifícios, sobretudo arranha-céus.