
A Zolfe é um fabricante britânico de carros esportivos de nicho, fundado com o objetivo de resgatar a essência dos clássicos carros esportivos britânicos, combinando design retro com engenharia moderna. Idealizada por Nic Strong, um empreendedor das Midlands e proprietário da Spatz Arlon, uma empresa de plásticos do setor automotivo, a Zolfe foi desenvolvida em colaboração com Jez Coates, ex-diretor técnico da Caterham. A empresa, sediada em Redditch, Worcestershire, surgiu para preencher a lacuna deixada pelo desaparecimento de marcas icônicas como TVR, trazendo veículos leves, ágeis e voltados para o prazer de dirigir.
O principal modelo da Zolfe, inicialmente apresentado como Zolfe Orange no Autosport Show de 2006 e posteriormente renomeado Zolfe Classic GTC4, é um coupé esportivo de dois lugares que combina um chassi tubular de aço com uma carroceria leve de compósitos, pesando menos de 700 kg na especificação Sprintz.
Inspirado estilisticamente em clássicos como Datsun 240Z, Jaguar E-Type, Ford GT40, Porsche 911 e AC Cobra, o GTC4 oferece um visual retro-futurista com desempenho impressionante. Equipado com um motor Ford Duratec de 2.3 litros (com opções de até 300 cv) ou Mazda, acoplado a uma transmissão procedente do Mazda MX-5, o carro garante uma distribuição de peso quase perfeita (50/50) e uma dirigibilidade excepcional, com suspensão de duplos braços triangulares, amortecedores Bilstein e freios AP Racing.
A Zolfe oferece quatro versões do GTC4: Sprintz (modelo básico para estrada), Speedz (focado em pista, com diferencial de deslizamento limitado), Sportz (versão de estrada mais confortável) e Zolfster (conversível planejado). Com uma produção limitada a cerca de 30 unidades por ano, a Zolfe mantém uma abordagem artesanal, visando entusiastas de track days e colecionadores. O preço inicial, por volta de 27.500 libras esterlinas (cerca de 42.000 dólares em 2015), reflete sua exclusividade e desempenho, com uma relação peso-potência comparável a supercarros. A empresa também colaborou com fornecedores renomados, como Stadco e Multimatic, para otimizar o chassi e a suspensão, garantindo rigidez torcional e segurança, com um cage aprovado pela FIA.
Apesar de planos ambiciosos, incluindo a aquisição dos ativos da Caparo Cars na década de 2010 para oferecer suporte aos modelos T1 e rumores de um novo supercarro leve, a Zolfe enfrentou desafios, como dificuldades regulatórias nos EUA, que limitaram sua expansão. A empresa faliu em 2016, mas deixou um legado como uma tentativa ousada de reviver a tradição britânica de carros esportivos leves. Até hoje, os poucos Zolfe GTC4 em circulação são cobiçados por colecionadores, destacando-se pela combinação de design nostálgico, engenharia avançada e uma experiência de condução pura e emocionante.