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A Land Rover lançou o Range Rover Velar no mercado em 2017. Aquele que é o quarto modelo dentro da linha mais exclusiva e luxuosa da marca britânica conta com uma nova denominação comercial que não associávamos aos produtos deste fabricante. No entanto, a curiosa história da origem do nome Velar da Land Rover remonta à década de 1960, quando a empresa esteve imersa no desenvolvimento do primeiro Range Rover, o Classic.

Quando a Land Rover apresentou o Velar explicou que seu nome derivava do latim Velare, que significa cobrir ou esconder, mas também é uma denominação que outro fabricante britânico iria utilizar em um de seus carros. A marca de luxo Alvis foi adquirida pela Rover em 1965 e, para retomar as vendas, decidiu criar um esportivo com motor Rover V8 localizado em posição central que seria fabricado pela Alvis.

O protótipo original era conhecido a nível interno como P6 BS, embora o nome comercial final seria Velar. Esta denominação foi criada por Mike Dunn em 1967 como uma combinação de Alvis e Rover. No entanto, o projeto foi abandonado, mas o nome ainda teria uma oportunidade de identificar um veículo, embora fosse em sua fase de desenvolvimento e com o objetivo de despistar a imprensa e seus concorrentes.

Em 1951, a The Rover Company decide começar a trabalhar em um veículo que compensasse uma possível queda das vendas do Serie I. Foi projetado como um carro mais familiar e menos todo-terreno, que utilizava a base do Rover P4. Até certo ponto, pode ser considerado como um precursor dos atuais SUV. Apesar disso, o todo-terreno original que em 1991 passaria a denominar-se Land Rover Defender, seguiu pelo caminho do sucesso contra todas as previsões da Land Rover, então a empresa abandonou o projeto.

Este carro (chassi 100.1), que iria se chamar originalmente Road Rover (embora a nível interno fosse conhecido como 100 Station Wagon), volta a ser um projeto ativo em 1966 após a compra da Rover Company pela Leyland Motor Corporation. Sob os mesmos conceitos fundamentais que haviam levado a empresa à sua criação quinze anos antes, o novo modelo agora tinha o objetivo de competir no mercado americano com Ford e Jeep.

O projeto avança e em 1968 é lançado o segundo protótipo (100.2). Até 1969 foram lançados mais cinco protótipos (100.3 a 100.7), que desta vez sim, foram batizados com o nome Velar. A decisão de adotar este nome em vez de Road Rover (ou Range Rover como foi denominado finalmente), deveu-se ao fato de a empresa realizar testes por diferentes países e nunca ter camuflado nenhum dos protótipos.

Em vez disso, a empresa britânica ocultava o novo modelo sob uma marca diferente. Exibia a denominação Velar (como marca, não como modelo) e sua carroceria, que estava longe do que a Rover Company havia comercializado até então, não precisava ser camuflada diante da mídia e do resto dos concorrentes do mercado. Na verdade, o planejamento foi tal que a Rover inclusive criou uma empresa fantasma chamada Velar, que era dirigida por Geoff Miller (engenheiro da Rover) e que tinha sua sede em Londres, para emplacar estes protótipos.

Outras 25 unidades de pré-série do Range Rover foram matriculadas no início de 1970 pela empresa fictícia Velar, mas já exibiam os emblemas da Range Rover no capô. Quando chegou o momento de renovar as autorizações de circulação, o fizeram como Rover, já que o primeiro Range Rover já havia sido apresentado à mídia e ao público em geral (foi revelado em junho de 1970).