A FÁBRICA DO FUTURO DE ACORDO COM A AUDI
Os sucessivos avanços da tecnologia não se aplicam somente aos diversos parâmetros do veículo, já que seus processos produtivos também são afetados pela evolução tecnológica, e no caso de marcas como a Audi, praticamente em todas as etapas da cadeia produtiva. Desde o processo de montagem até o funcionamento de departamentos como o logístico e de manutenção, terão seus processos habituais mudados radicalmente nos próximos anos graças às novas tecnologias.
Por um lado, a habitual cadeia de produção se tornará uma sucessão de estações de trabalho separadas, unidas mediante veículos autônomos sem condutor. Dessa maneira, a produção dos diferentes veículos, em suas distintas versões e opções, serão realizadas de maneira automática. Em função das necessidades, a fabricação do veículo seguirá a rota correta entre estas diferentes estações de trabalho, cada uma delas encarregada de certas tarefas concretas, portanto, o veículo já não seguirá a tradicional linha de montagem.
Nesse aspecto, a Audi se encontra desenvolvendo diferentes veículos sem condutor, para tarefas tão diversas como a descrita anteriormente e para departamentos como o de logística, de maneira que todos os processos e ações se desenvolvam de forma automática e instantânea. Imaginemos um ambiente produtivo repleto de pequenas máquinas sem condutor, todas e cada uma delas deslocando-se de um lado a outro da fábrica sem precisar de um ser humano que as controle.
Exemplos disso já podem ser encontrados na prática em algumas plantas da marca alemã. O Audi A3 Sportback e-tron é montado em Ingolstadt, junto aos A3 convencionais, e em um momento determinado, as unidades destinadas a essa versão (uma minoria dentro da produção total do A3) se desviam para 7 diferentes estações de trabalho, onde se instala seu complexo esquema elétrico, sem a necessidade de contar com uma linha específica para montar essas versões híbridas.
A automatização que a Audi está operando pouco a pouco não só inclui destinar essa nova geração de máquinas a diversas tarefas monótonas e repetitivas, como também foram desenvolvidos novos robôs capazes de atuar de maneira delicada, e para isso a Audi está testando o FlexShapeGripper, uma nova máquina capaz não só de colher elementos e operar com eles, mas fazê-lo com extrema suavidade e sendo capaz de interagir com os humanos.
A interação entre robôs e pessoas também está sendo estudada em diferentes níveis. O Technical Center for Production Assistance Systems da Audi está desenvolvendo una nova geração de máquinas que não precisam estar separadas dos humanos por segurança. Atualmente, as zonas das linhas de produção onde operam robôs se encontram fechadas ao acesso dos trabalhadores, para evitar acidentes.
Essas novas máquinas detectam a presença humana e param imediatamente quando a distância mínima entre elas e as pessoas não se mantém. Esses avanços permitirão à Audi, uma vez realizados em todos os níveis e locais de sua capacidade produtiva, alcançar novas metas em relação à eficiência produtiva, minimizando gastos e erros.
Tecnologias como os óculos de realidade aumentada permitirão uma maior conectividade aos trabalhadores, que em todo o momento contarão com o apoio informático sem precisar ter que utilizar outro dispositivo. Ou os drones, que permitem a departamentos como o de logística, operar dentro da fábrica literalmente em outros níveis, permitindo transportar as peças necessárias em tempo recorde dentro de uma planta.