A FIAT SE CONSOLIDARÁ COMO UMA MARCA DE VEÍCULOS URBANOS
Há algum tempo a Fiat é o grande dominador do segmento A em grande parte do planeta. A marca italiana é sinônimo de carros urbanos e a nível europeu aglutina a metade das vendas de veículos desta categoria. Tudo isso graças a dois modelos que são autênticos pilares centrais de sua linha, o Fiat 500 e o Fiat Panda, sendo ambos os veículos a referência.
A fusão dos Grupos PSA e FCA se materializará em um período máximo de 15 meses. A união de ambas as corporações automobilísticas dará como resultado o quarto maior fabricante de veículos a nível mundial. A Fiat não estará alheia a esta fusão, pois mudanças importantes estão chegando para que a marca possa reposicionar-se dentro de um grupo onde haverá quatro marcas generalistas lidando no mercado.
Carlos Tavares, atual CEO do Groupe PSA, será o CEO deste novo grupo automobilístico durante um período mínimo de cinco anos. Também fará parte do conselho de administração. Tavares assinalou que é muito provável que a Fiat deva reposicionar-se para evitar que rivalize com Citroën, Opel e Peugeot: “É provável que a nova estratégia coloque a Fiat em um novo campo, longe de seus irmãos: Peugeot, Citroën e Opel”.
Considerando o campo onde a Fiat se mostra mais forte, não é demais imaginar que ratificará sua aposta nessa categoria e, em suma, se consolide como o que é, uma marca de carros urbanos. Uma das opções que Tavares considera é tornar a Fiat uma marca de carros urbanos. Sua aposta no segmento A é inquestionável. E ainda mais quando em um curto prazo será introduzida a versão elétrica do Fiat 500. Um modelo destinado a desempenhar um papel muito relevante.
Se esta estratégia for realizada a Fiat modificará seus planos de futuro que vinham sendo comentados até agora. Em relação ao desenvolvimento de um novo utilitário sucessor do Fiat Punto e quanto à renovação do Fiat Tipo chegar à Europa, são perguntas que o tempo dará a resposta. Em princípio, parece complicado que uma marca possa viver exclusivamente do segmento A. Como exemplo temos a Smart, que está passando por dificuldades e a Daimler teve que recorrer ao capital chinês (Geely) para garantir sua viabilidade.
Uma estratégia mais lógica para a Fiat é, sem dúvidas, manter-se no segmento A, mas regressar também ao B com o esperado sucessor do Punto. Tudo isso levando em conta que será o quarto utilitário do novo grupo e se posicionará como uma alternativa ao Citroën C3, Opel Corsa e Peugeot 208. Tampouco devemos perder de vista os crossovers e monovolumes urbanos. O Fiat 500L é um dos modelos mais populares de sua categoria.
Durante o primeiro semestre de 2019 as vendas de carros urbanos representaram 42% dos emplacamentos globais da Fiat. Se centramos o ponto de mira na Europa, essa porcentagem se situa acima de 50%. Goste-se ou não, a Fiat é, hoje em dia, uma marca de veículos urbanos.