A MULHER QUE DEU SEU NOME AO LOTUS ELISE RETORNA À EMPRESA 22 ANOS DEPOIS

A história por trás do nome do Lotus Elise é bem conhecida dos aficionados da marca, não só é um nome de mulher como foi tomado de uma mulher real, Elisa Artioli, a neta do então responsável máximo da marca britânica.
Elisa Artioli é hoje, 22 anos depois da apresentação do esportivo britânico, uma jovem que vive com toda naturalidade a sua relação com a história do esportivo. Cresceu sendo consciente de que é parte viva da história da marca de Hethel e adotou seu papel de uma maneira muito natural e humilde. É bem conhecida por todos os aficionados da marca ao redor do mundo e participa de bom grado a múltiplas reuniões de fãs da empresa a cada ano, com quem se comunica diariamente através de suas redes sociais.
Todos os que puderam conhecê-la pessoalmente descrevem-na como uma pessoa muito próxima e carinhosa, apesar de sua pouca idade. Amante da história da marca em que trabalhou seu avô, Romano Artioli, fica orgulhosa de sua relação com o modelo, do qual possui um exemplar da primeira geração que recebeu como presente de seu avô quando ainda era uma criança. Elisa utiliza o veículo diariamente já há alguns anos.
Por isso que não foi surpresa que sua visita à fábrica da marca em Hethel tenha sido um acontecimento para a Lotus, que preparou uma pequena recepção para recebê-la e que incluiu algumas voltas na nova pista de testes da marca a bordo de um Evora GT410 Sport e um Exige Sport 410, curiosamente as primeiras voltas de Elisa em um circuito pilotando um Lotus.
Um dos detalhes mais cativantes da visita foi o momento em que Elisa foi fotografada junto ao mesmo exemplar de cor vermelha do Elise sobre o qual foi fotografada quando criança, durante um ato promocional da empresa.
Em 1993, o empresário Romano Artioli, que também era proprietário da Bugatti, acabava de adquirir a Lotus da General Motors, e o primeiro projeto em que a empresa embarcou foi o Elise. Um pequeno esportivo que encarnava a filosofia da marca e os princípios em que havia se baseado seu fundador, simplicidade técnica e leveza máxima. O resultado foi o modelo em que foi baseada a linha da marca nas últimas duas décadas e que tem sido a tábua da salvação da empresa durante esse tempo.
A escolha do nome não foi um simples capricho de Artioli, pois se deu a feliz coincidência de que a Lotus só usa nomes que comecem com a letra E em seus carros. Então, tendo em conta que o início do desenvolvimento do esportivo e o próprio nascimento de Elisa Artioli, sua primeira neta, aconteceram quase ao mesmo tempo, a escolha desse nome estava carregada de um forte simbolismo. A única coisa que fizeram foi traduzi-lo ao inglês, Elise.
O resto da história é bem conhecida, o Elise derivou em uma linha que inclui uma versão coupe, o Exige, e durante estas duas décadas - ademais muito complexas para a marca - tem sido a coluna vertebral do catálogo da empresa.