A SEAT POR ENQUANTO NÃO APOSTARÁ NA ELETRIFICAÇÃO INTEGRAL

A SEAT ficou um passo atrás em relação às outras marcas de carros que formas o Grupo Volkswagen em relação à aposta na mobilidade elétrica. O SEAT Mii Electric não foi mais que um pequeno contato com a eletrificação em seu mais alto nível. E apesar do sucesso comercial que alcançou, a limitação da capacidade de produção o relegou a um segundo ou terceiro plano.
Nesse momento, o compromisso com a eletrificação da SEAT passa exclusivamente pelas motorizações híbridas leves (MHEV) de 48 volts e pelas versões híbridas plug-in (PHEV) que podemos encontrar na linha de alguns de seus modelos. Wayne Griffiths, CEO da SEAT, deixou claro em mais de uma ocasião que a CUPRA tem prioridade sobre a SEAT na hora de apostar no carro elétrico.
É inegável que mais cedo ou mais tarde a SEAT deverá apostar na mobilidade elétrica. Até certo ponto, a SEAT encontra-se em uma situação similar à Dacia no Grupo Renault. Ambas continuarão comercializando modelos térmicos durante o maior tempo possível, no entanto, e para manter-se com vida na Europa, é inegável que deverão entrar na onda da eletrificação.
No âmbito do recente evento celebrado pela CUPRA, onde foram apresentadas inúmeras novidades visando 2025, a imensa maioria eletrificadas, um alto cargo da SEAT analisou a situação atual da empresa em relação ao roteiro que será estabelecido para voltar a incorporar modelos elétricos à sua linha.
Werner Tietz, Chefe de P D da SEAT, assegurou o seguinte: “O León é um carro completamente novo e acabamos de atualizar o Ibiza e o Arona. Agora é o momento da CUPRA e também de sua eletrificação. Por enquanto, a eletrificação continua sendo um pouco cara. Acreditamos que temos que nos concentrar em eletrificar a CUPRA, e quando os preços dos componentes baixarem, então poderemos discutir e considerar falar da SEAT novamente”.
O Grupo Renault está seguindo uma estratégia similar com a Dacia. É verdade que a marca romena conta em sua carteira com um modelo totalmente elétrico, o Dacia Spring. No entanto, esse veículo é fruto dos desenvolvimentos realizados pela própria Renault para mercados emergentes. A Dacia, assim como a SEAT, está comprometida no seu mais alto nível com o veículo a combustão interna.
Estes comentários realizados por Tietz revelam que a SEAT não desistiu do carro elétrico. Entretanto, atualmente não existem as condições necessárias para apostar nessa tecnologia. Lembrando que no curto prazo a SEAT desempenhará o papel de fabricante dos novos carros elétricos pequenos do Grupo Volkswagen. São modelos que serão produzidos na planta espanhola de Martorell e chegarão ao mercado em 2025.
Por outro lado, Tietz voltou a deixar claro que a SEAT não desaparecerá e conviverá com a CUPRA. Ambas as marcas, segundo ele, são dirigidas a públicos diferentes: “Temos uma sobreposição muito pequena de 10 a 15% entre SEAT e CUPRA. O resto são clientes realmente novos. Os clientes da CUPRA são completamente diferentes”.