A VERSÃO DE PRODUÇÃO DO HONDA FCV CHEGA EM 2020

- A Honda anunciou que o seu primeiro veículo de produção com células de combustível de hidrogênio estará no mercado a partir do início da próxima década
Depois de ter mostrado o concept este ano em Genebra, e do anúncio da aposta nos FCV para as Olimpíadas de Tóquio, a Honda anunciou que irá lançar no mercado o seu primeiro automóvel de produção movido a hidrogênio em 2020.
Com os Jogos Olímpicos marcados para o mesmo ano em Tóquio, este fato pode ser uma importante contribuição para aumentar a visibilidade desta alternativa de mobilidade em que a Honda e outros fabricantes de automóveis vêm investindo.
O anúncio esteve a cargo de Thomas Brachman, responsável pela Pesquisa e Desenvolvimento de Motores da Honda Europa, que informou que o concept apresentado está “relativamente próximo de um modelo de produção. Podemos necessitar de algumas modificações, mas está muito perto”. Brachman não quis revelar as perspectivas de negócio da Honda com os modelos FCV, mas aproveitou para dar uma pequena cutucada em seus compatriotas da Toyota, dizendo que não pretende fornecer apenas entre 250 e 1.000 veículos anualmente.
Brachman também comentou sobre os desafios que se colocam aos FCV, destacando que uma alteração no entendimento pode ser importante para a implementação das infraestruturas necessárias para que os automóveis movidos a hidrogênio sejam uma alternativa viável. Um exemplo é a instalação de postos de abastecimento, um pouco à imagem do que ocorre com a falta de locais de carregamento para veículos elétricos. “A Noruega, por exemplo, esteve focada nos elétricos há dois anos, mas agora procura uma alternativa com mais autonomia”, disse o Responsável de Pesquisa e Desenvolvimento de Motores da Honda.
Por enquanto, a autonomia é um dos grandes trunfos dos FCV em relação aos híbridos e elétricos, com o Toyota Mirai, por exemplo, anunciando uma autonomia por volta dos 500 km. No entanto, os engenheiros da Honda indicam que deve demorar entre 10 e 15 anos para que esta alternativa seja totalmente aceita e a oferta se expanda, como explica Brachman. “Isto é provável, a não ser que alteremos a estratégia de marketing e também a sociedade, o que poderá acelerar o processo. Mas estamos prontos para ter uma oferta variada de motorizações até que os FCV sejam aceitos e apreciados por todos os consumidores”.