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- O mercado automobilístico no Iran poderá explodir se os acordos nucleares assinados recentemente forem cumpridos

O Iran começa a ficar cada vez mais interessante para os empresários europeus e de todo o mundo, especialmente os fabricantes de veículos. O país possui uma população semelhante à da Alemanha, possui elevados níveis de educação e uma classe média muito grande, com uma excelente capacidade de produção instalada. Tudo isso são fatores de sedução que os acordos nucleares assinados deixam livres para serem explorados.

Nos últimos cinco anos, os cidadãos iranianos têm sido impedidos de comprar bens de consumo – como automóveis – devido ao programa nuclear de seu país e que deu origem a sanções internacionais. Como não tem havido há algum tempo investimento internacional, a liberdade que o povo iraniano experimentará irá conduzir a uma corrida pelo consumo.

Como sempre acontece, a indústria automobilística está sempre atenta ao que se passa no mundo e sempre querendo encontrar novas oportunidades de negócios, e o acordo nuclear alcançado recentemente pelo Iran, é uma excelente notícia.

Segundo o Automotive News, as duas marcas iranianas de automóveis – a Iran Khodro e a SAIPA (Societé Anonyme Iranienne de Production Automobile) – produzem um milhão de unidades/ano para satisfazer 77,5 milhões de pessoas. Ainda de acordo com outras fontes, existiam em 2012 cerca de 200 veículos por mil pessoas, tendo esta estatística sido feita antes da indústria ter conhecido um declínio. De qualquer forma, o Iran em termos e motorização, está entre a Jamaica e o Uruguai. 

Antes de o Iran conhecer o programa nuclear que levou o país a uma situação complicada, marcas como a Peugeot, Kia, Renault e a chinesa Cherry, tinham operações naquele país. Todas, exceto a Cherry, saíram e desde aquela altura o fabricante chinês como outras marcas, tem lançado modelos de qualquer maneira e mesmo assim, conseguindo um bom e lucrativo plano de negócio. 

Com o acordo nuclear feito recentemente e já anunciado há algum tempo, a Peugeot já regressou ao Iran e fabricantes como a Kia, Mercedes-Benz, Renault, Peugeot, Toyota e Volkswagen, estiveram presentes no Salão do Automóvel do Iran, realizado em novembro do ano passado. Ficaram todos sabendo que será necessário investir no local, encontrar parceiros locais e terão ainda que fazer transferência de tecnologia. Ou seja, preparam-se para duras negociações, bem mais complicadas do que foram até agora. 

O melhor exemplo é o da Peugeot que tinha uma parceria com a Iran Khodro de 51% versus 49% antes de sair do Iran e que com o novo acordo celebrado, passou a 50-50, sem hipóteses de negociação.

E como as boas notícias chegam a galope, depois do acordo alcançado, a indústria automobilística mundial recebeu uma comunicação da Bloomberg que irá estimular o investimento: o petróleo continuará caindo e pode até mesmo chegar a valores históricos de 15 USD o barril.

Na imagem, uma vista de Tehran, capital do Iran.