ALFA ROMEO CELEBRA EM PISTA O 60º ANIVERSÁRIO DA AUTODELTA NA PROVA DE ABERTURA DO CAMPEONATO DO MUNDO DE FÓRMULA 1 DE 2023

Fazer regressar simbolicamente a Autodelta ao coração do esporte automobilístico é, sem dúvida, a melhor homenagem que a Alfa Romeo poderia ter prestado à marca para celebrar o seu 60º aniversário. Autêntico pilar na história das corridas da marca, a Autodelta tem sido o departamento oficial de competição da Alfa Romeo, escrevendo capítulos memoráveis na história dos esportes motorizados da marca desde 1963, caracterizados por automóveis inesquecíveis, vitórias memoráveis e pilotos gloriosos.
Para a presente ocasião, a Alfa Romeo criou um logotipo comemorativo que será colocado na deslumbrante decoração do monolugar C43 da equipe de F1 da Alfa Romeo. O logotipo será mostrado já neste fim de semana, no primeiro Grande Prêmio do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de 2023, que acontecerá no Bahrein.
Desenhado pelo Centro Stile Alfa Romeo, o logotipo comemorativo reinterpreta ideais históricos em uma perspectiva moderna, projetando-o no futuro da marca, que tem o objetivo de reinventar o conceito de esportividade para o século XXI.
O logotipo da Autodelta é um elemento estilístico que deve ser preservado, de modo que o seu visual e cores originais foram fielmente preservados. A nova versão comemorativa apresenta, na verdade, poucas alterações, contando com a indispensável bandeira da Itália, como expressão do seu orgulhoso caráter italiano. A adição da data de aniversário destaca a longevidade da marca. Apesar da passagem de muitos anos, este símbolo de esportividade permanece gravado na mente dos entusiastas dos esportes motorizados.
Há dois anos, o logotipo Autodelta foi novamente trazido para as luzes da ribalta pela Alfa Romeo através do projeto Giulia GTA, um automóvel que é considerado a melhor expressão da marca em termos de performance, estilo, mecânica e prazer de condução. Foi apresentado nas antigas instalações da Officine Autodelta, no Centro Sperimentale Alfa Romeo, onde o Giulia Sprint GTA, um dos automóveis de maior sucesso na história da marca, foi concebido nos anos 60. Ao desenvolver o moderno Giulia GTA, a Alfa Romeo fez uso do know-how técnico derivado da Fórmula 1, graças à colaboração com a Sauber Engineering.
Cristiano Fiorio, Manager da Alfa Romeo F1: “A primeira corrida do campeonato é sempre especial, pois todas as equipes iniciam a temporada a partir de uma folha em branco, quando a emocionante história do campeonato ainda está por escrever. Para a Alfa Romeo, trazer simbolicamente o logotipo Autodelta para a pista, através do novo C43, representa um forte tributo comemorativo a um capítulo extraordinário da presença da Alfa Romeo na competição. O nível de concentração está no seu máximo e a partir do momento em que os semáforos se ligarem em Bahrein até à última curva do último Grande Prêmio do ano, a Alfa Romeo dará tudo para alcançar os ambiciosos objetivos definidos para a temporada”.
Autodelta: O lendário departamento de competição da Alfa Romeo
Em 5 de março de 1963, Carlo Chiti e os irmãos Chizzola fundaram uma pequena empresa com sede em Feletto Umberto, perto de Udine, com o objetivo de colaborar com a Alfa Romeo na construção do Giulia TZ, um gran turismo compacto concebido pela Zagato que utilizava o motor e o resto da mecânica do Giulia, equipado com um chassi tubular exclusivo, justificando a sigla para Tubolare Zagato. Isso marcou o início de um dos mais belos capítulos do esporte automobilístico internacional, tanto que a empresa rapidamente se tornou o departamento de competição da Alfa Romeo. De fato, em 1965, foi comprada pela Alfa Romeo com o objetivo de assumir o regresso oficial às competições, após a sua retirada do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 em 1951, quando conquistou o seu segundo título com o ‘Alfetta’.
Por esta razão, o fabricante de automóveis decidiu criar uma organização de corridas ad hoc, fisicamente separada das instalações de produção e com suficiente discrição e rapidez na tomada de decisões, técnicas e esportivas. O Diretor Geral desta nova realidade industrial e esportiva foi o carismático engenheiro Carlo Chiti, que realocou a Autodelta em alguns armazéns anônimos em Settimo Milanese, não muito longe de Arese. Ali viriam a nascer alguns dos mais famosos automóveis de corrida da Alfa Romeo, incluindo o lendário Giulia Sprint GTA de 1965, que venceu três ‘Challenge Europeo Marche’ consecutivos, dezenas de campeonatos nacionais e centenas de corridas individuais em todo o mundo. Fato curioso: o Giulia Sprint GTA foi o primeiro automóvel de turismo a completar o traçado de Nordschleife, do circuito de Nürburgring, em menos de 10 minutos.
Em 1967, a Alfa Romeo decidiu dar o grande passo para a categoria de protótipos, o grande palco internacional do automobilismo da época, com o modelo 33/2-liter ganhando o seu primeiro troféu logo na sua estreia em Fléron, Bélgica. No ano seguinte, os protótipos da Autodelta conquistaram a vitória em sua categoria nas 24 horas de Daytona, nos 1.000 km de Nürburgring, nos 500 km de Imola e nas 24 horas de Le Mans. O 33 TT 12 de 1975 - provavelmente o ano mais bem-sucedido para a Autodelta - foi notável. O modelo levou a Autodelta a vencer o ‘Campeonato do Mundo de Construtores’, repetindo a vitória dois anos mais tarde com o 33 SC 12. Depois, a Autodelta assumiu a gestão de todos os programas esportivos da Alfa Romeo, do troféu Alfasud até à Fórmula 1. Em 1984, Carlo Chiti deixou a empresa e no ano seguinte a Autodelta foi extinta.
Para concluir, devemos lembrar que a Autodelta foi também um formidável centro de formação para muitos pilotos italianos, incluindo Andrea De Adamich, Arturo Merzario, Andrea De Cesaris, Bruno Giacomelli, Giorgio Francia, apenas para citar alguns, e igual número de campeões estrangeiros, de Jochen Rindt a Jacky Ickx, de Jean-Pierre Jarier a Mario Andretti.