ALFA ROMEO, DS E LANCIA SE APOIARÃO NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MODELOS

É algo inerente às grandes apresentações, que alguns executivos deixem escapar alguns dos futuros planos comerciais, falando de desenvolvimentos e novos modelos a longo prazo. Foi o que ocorreu na conferência de imprensa posterior à apresentação do novo DS 4, e depois da explicação de todos os argumentos do novo modelo. Foram declarações mais que interessantes, porque coloca a Lancia na melhor situação possível.
Os italianos tiveram uma má gestão com a marca e os franceses pretendem recuperá-la, isso com a inestimável ajuda da Alfa Romeo e da DS Automobiles. As três marcas foram agrupadas no trio dos produtos de luxo, e, sem dúvida alguma, a estratégia planejada é muito interessante, especialmente porque pode dar à Stellantis, melhor dizendo, à PSA, o que vem buscando há muito tempo.
Por enquanto, Marion David, diretora de produto da DS, respondeu a uma série de perguntas e disse ao pessoal da ‘Europe Autonews’ que “Estamos trabalhando com os colegas das marcas Premium italianas para criar sinergias - plataformas, motores e tecnologias - que distinguirão estas marcas Premium das generalistas”, acrescentando que “Os carros que já estão em fase de desenvolvimento continuarão seu caminho e serão lançados conforme planejado. Então, para a próxima geração de modelos nos focaremos em criar as sinergias que são o motivo da fusão”.
As três marcas apontarão ao mercado Premium, cada uma manterá um estilo de design e dinâmica. A Alfa Romeo com seus genes mais esportivos, a DS apostando na sofisticação, tecnologia e a qualidade francesa e a Lancia explorará seu luxo e elegância, ficando um degrau abaixo da Maserati. As três marcas também explorarão a eletrificação, com diferentes versões e tecnologias de acordo com o modelo a partir de meados dessa década.
As italianas se encontram em uma situação mais complicada que a francesa, que já tem uma linha construída e que continuará sendo ampliada. As italianas se beneficiarão da plataforma CMP para os modelos do segmento B, enquanto que os modelos do segmento D e E serão baseados na plataforma Giorgio de propulsão traseira. A Maserati gastou um dinheiro significativo para adaptá-la aos seus carros elétricos, portanto, também será aproveitada pelas outras italianas. Inclusive, pela Peugeot para entrar nos Estados Unidos com garantias.