ALFA ROMEO PREPARA O IMINENTE ENCERRAMENTO DA PRODUÇÃO DO GIULIETTA
O compacto italiano vive um dos momentos mais tristes de sua história. O Alfa Romeo Giulietta sobrevive pedindo aos gritos uma renovação, que chegará através do Tonale, mas está demorando mais do que o esperado. Uma situação que prejudica muito a imagem do fabricante italiano com um modelo que não se vende nem zerando os preços.
Parece que na Alfa Romeo fazer bem os deveres de casa não é o normal. Muito pelo contrário, são feitos mal e muito tarde, com a imagem da empresa caindo cada vez mais com o Giulietta. O compacto acumula 10 anos no mercado e faz tempo que não é considerado atrativo pelos clientes. Na verdade, nem é considerado na Itália.
O Giulietta bateu seu recorde de vendas em 2011, superando por muito pouco as 78.000 unidades vendidas. Somente sete anos depois, em 2018, esta cifra caiu drasticamente para 26.600 unidades. No ano passado, a queda foi pior, alcançando as 15.690 unidades. Números que deveriam ser alarmantes para uma marca como a Alfa Romeo, mas a única medida aplicada foi a redução da produção, com apenas entre 40 e 70 unidades saindo das linhas de montagem.
Com apenas alguns leves facelifts foi superando os obstáculos do caminho, mas já é hora da verdadeira aposentadoria. As vendas ruins não fizeram mais que agravar a situação comercial de um modelo que está agonizando, nem sequer é uma alternativa baixar seus preços. Na verdade, houve meses que as vendas da Lancia foram superiores às da Alfa Romeo em 2019.
Espera-se que o seu substituto, o futuro Tonale, seja apresentado em 2021, e nele é que estão depositadas as esperanças para recuperar o terreno perdido no segmento compacto, embora esteja chegando tarde em uma das categorias mais concorridas. Se a FCA não pisar no acelerador, é bem possível que não chegue aos concessionários até princípios de 2022.
Embora algumas fontes indicassem o encerramento da produção do Giulietta no final de 2020 e outros no final do primeiro semestre, parece que a FCA já colocou as cartas sobre a mesa e não pretende mantê-lo vivo além do mês de março. O fato de a oferta ter sido cortada e apenas estejam saindo da linha de produção menos de 70 carros, é um indício claro de que o final está mais próximo do que parece.