ASTON MARTIN VALHALLA 2026: VEM AÍ UM SUPERCARRO PHEV COM 1.079 CV
Excluindo o Aston Martin Valkyrie, modelo desenvolvido para oferecer o desempenho máximo em pista, mas com permissão para circular em estradas, o novo Aston Martin Valhalla representa a entrada da marca britânica em um novo formato.
Até agora, todos os modelos da Aston Martin (além do Valkyrie) apresentavam o motor à frente do habitáculo, independentemente do seu tamanho. Mas no Valhalla, ele passa para trás dos bancos, em uma posição central traseira.
Além disso, faz parte de um sistema híbrido plug-in, sendo o primeiro Aston Martin do gênero. Por isso, o Valhalla é, e como a marca diz, um ‘carro de estreias’: da motorização híbrida plug-in, à posição do motor e à linguagem de estilo.
Números
Com uma dose maciça de ideias e tecnologias desenvolvidas na Fórmula 1, este grupo propulsor inclui o motor V8 biturbo a gasolina de 4.0 litros, de origem AMG. Neste caso desenvolve 828 cv de potência, e três motores elétricos (dois de fluxo axial na frente e um integrado na caixa atrás), que adicionam 251 cv.
Em conjunto, o rendimento máximo do sistema é de 1.079 cv e 1.100 Nm de torque - bem mais que os 950 cv e 1.000 Nm originalmente anunciados em 2021.
Valores que, com a ajuda de uma transmissão automática de dupla embraiagem e 8 velocidades, e um diferencial eletrônico no eixo posterior, conseguem levar o Aston Martin Valhalla de 0 a 100 km/h em 2.5 segundos.
A velocidade máxima anunciada é de 350 km/h e é eletronicamente limitada. Uma vez que se trata de um sistema híbrido plug-in, não foi dispensada a possibilidade de circular com o motor a combustão desligado e consegue fazer isso durante 14 km, usando apenas os motores dianteiros, podendo atingir os 140 km/h.
Desempenho dinâmico
O Valhalla é construído em um monocoque em fibra de carbono, concebida pela Aston Martin Performance Technologies (AMPT) - a consultoria da equipe de Fórmula 1 -, com subestruturas em alumínio na frente e atrás. Solução que contribui para uma elevada rigidez estrutural e um peso a seco de 1.655 kg.
Para manter o Valhalla colado ao asfalto, a Aston Martin foi buscar soluções na Fórmula 1, como a suspensão dianteira do tipo push rod, com amortecedores e molas montados inboard. Para a suspensão traseira foi adotada uma solução multibraços de cinco apoios.
Em ambos os casos estão presentes amortecedores adaptativos DTX desenvolvidos pela Bilstein, capazes de controlar os movimentos da carroceria eficazmente durante uma sessão em pista, mas também de oferecer um bom nível de conforto para os deslocamentos mais convencionais.
O sistema de frenagem brake-by-wire permite um doseamento mais controlado do tato do pedal e inclui discos de carbono da Brembo com 410 mm de diâmetro na frente e 390 mm atrás.
A cereja do bolo para o desempenho dinâmico do Aston Martin Valhallla é a presença do evoluído sistema de vetorização de torque - que estreou no DB12 -, capaz de atuar de forma independente nas quatro rodas, com a ajuda dos motores elétricos dianteiros e do diferencial eletrônico (E-diff) traseiro.
Para concluir, resta falar na aerodinâmica ativa do Valhalla, capaz de gerar mais de 600 kg de força descendente (downforce) a partir dos 240 km/h (mantém o valor a partir desta velocidade). Em função da velocidade, as asas dianteiras e traseiras vão ajustando o seu ângulo, oferecendo a melhor combinação entre desempenho e eficiência aerodinâmica.
Talvez o elemento mais visível seja a enorme asa traseira ativa, que, em Race Mode, se eleva 255 mm e também pode ser usada como freio aerodinâmico.
Embalagem cativante
Por último, aquilo que vemos em primeiro lugar, a estética do Aston Martin Valhalla. A marca britânica optou por muitos dos detalhes que já haviam estreado com o Vakyrie, mas usados de forma menos extrema. Ainda assim, isso não quer dizer que o Valhalla seja pior aerodinamicamente.
Sem dúvidas, é muito mais elegante e capaz de atender mais clientes, também pela sua utilização mais prática. O habitáculo está posicionado mais à frente do que o habitual num Aston Martin, uma vez que inverteu posições com o motor e, por isso, a seção dianteira é também mais baixa, curta e aerodinâmica.
Para um pouco mais de teatro, as portas apresentam um sistema de abertura diédrica e claro que a fibra de carbono é o material de escolha, que inclui todos os painéis da carroceria, que podem (ou não) ter este elemento exposto. A bordo, acontece o mesmo, sendo que a imagem mais minimalista também inclui uma posição de condução no jeito de um Fórmula 1.
Produção limitada
A produção do Aston Martin Valhalla será limitada, mas nem tanto quanto a do Valkyrie.
A marca anuncia um máximo de 999 unidades, com o início da produção previsto para o segundo trimestre de 2025 e as entregas para segundo semestre do próximo ano. Os preços ainda não foram anunciados.