BMW 3.0 CSL: UMA HOMENAGEM AO CLÁSSICO ‘BATMÓVEL’

Ao ler pela primeira vez seu nome, BMW 3.0 CSL, é impossível não viajar até o passado, até os anos 70 do século passado, quando a BMW M GmbH dava forma a um modelo único, um esportivo incomparável, tanto em sua vertente de competição como em sua versão de rua.
Um carro já clássico, o BMW 3.0 CSL (Coupe, Sport, Leichtbau; Coupe, Esportivo, Leve), que ganhou a primeira edição do Campeonato Europeu de Turismos, em 1973 (depois triunfou outras cinco vezes, entre 1975 e 1979) e que não só deixou sua marca por sua potência e leveza, como também por sua chamativa estética, que deu origem à lenda do ‘Batmóvel’.
Pois bem, meio século depois, aproveitando o 50º aniversário da divisão M, o novo BMW 3.0 CSL se converte na cereja do bolo deste ano de 2022 tão especial para a BMW, com uma edição limitada a somente 50 unidades deste novo esportivo.
Como não poderia ser de outra maneira, a celebração começa no motor, o bloco de 6 cilindros em linha de 3.0 litros, com dois turbos, que para a ocasião entrega nada menos que 560 cv de potência a 7.600 rpm e um torque máximo de 550 Nm.
Dados que e permitem posicioná-lo como a evolução mais potente deste propulsor para um modelo de rua. Afinal de contas, oferece nada menos que 50 cv a mais que os M3 e M4 Competition, que devem se conformar com 510 cv.
Por enquanto a BMW não forneceu os dados de desempenho desta nova série especial. Tampouco o preço, embora possamos imaginar que sairá da escala do razoável.
Como não poderia ser de outro modo, o novo BMW 3.0 CSL recorre a uma transmissão manual de 6 relações, ajustada especificamente para o modelo, tanto pelas evoluções como pelos cursos da alavanca.
De fato, conta com um design exclusivo da manopla, onde aparece um número 50, em referência ao meio século de história da BMW M, e também incorpora um sistema que permite realizar a manobra de punta-taco de maneira automática (pode ser desconectada).
E claro, a tração recai sobre o eixo traseiro, onde encontramos o diferencial M ativo, que trabalha de mãos dadas com o controle de estabilidade DSC. Em resumo, tem tudo para se curtir a condução.
A configuração do chassi se complementa com a suspensão adaptativa M, com amortecedores controlados eletronicamente, com a direção M Servotronic, de relação variável, e com o sistema de freios carbocerâmicos.
Estes contam com discos de 400 mm e pinças de seis pistões no eixo dianteiro, e com discos de 380 mm e pinças monopistão no traseiro. Além disso, se pode modificar seu funcionamento em dois modos através do menu M Setup.
O controle de tração M também permite ajustar o nível da intervenção na eletrônica em 10 níveis, para desfrutar de um maior ou menor deslizamento das rodas do eixo traseiro. Além disso, é possível desconectar completamente o controle de estabilidade através do modo M Dynamic.
A BMW M também trabalhou para reduzir o peso do conjunto, embora não informe o dado do total que alcança o veículo. Mas confirma que utiliza CRPF “em praticamente todas as seções da carroceria” e que elementos como o teto, capô, tampa do porta-malas, defletores dianteiros e traseiros, difusor traseiro e aerofólio são elaborados em carbono.
Tudo arrematado com uma elaborada aerodinâmica que significou cerca de 200 horas de trabalho de otimização do fluxo aerodinâmico do carro e 50 horas de trabalho no túnel de vento do Centro de Testes Aerodinâmicos do Grupo BMW.
No interior continua essa obsessão por reduzir o peso do conjunto, com elementos em CRPF e carbono, como os bancos M, revestidos em tecido Alcantara preto. E como não poderia ser de outro modo, também aparece uma placa que identifica esta versão especial, com uma inscrição que vai do #01/50 até o #50/50.