BORGWARD APRESENTA ISABELLA COUPE EM GENEBRA, 54 ANOS DEPOIS
- No Salão de Genebra, o fabricante alemão marcou seu regresso à atividade com o Isabella Coupe
A Borgward marcou presença no Salão de Genebra 54 anos depois de ter suspendido suas atividades.
O fabricante alemão, fundado em 1919, que chegou a ter cerca de 23 mil empregados e vendeu mais de um milhão de veículos, apresentou-se em Genebra exatamente com um dos seus modelos mais icônicos, o Isabella Coupé, lançado originalmente no final dos anos de 1950. O clássico surge equipado com um motor de 1.5 litros e quatro cilindros. O fabricante alemão ambiciona recuperar o estatuto de outrora.
Christian Borgward, neto do fundador da marca, e o designer Einar J. Hareide, oriundo da Saab, pretendem misturar a elegância dos GTs antigos, como o Isabella Coupe, com a moderna tecnologia presente nos modelos premium da atualidade.
O novo presidente da Borgward, Karl-Heinz Knoess, que teve passagens pela Daimler e pela GM, disse que a marca sediada em Stuttgart aponta para o “europeu tradicional” e “mercados emergentes”. O objetivo até o final da década é vender até 800 mil carros anualmente. Em uma segunda fase, até 2026, a Borgward quer produzir 1,6 milhões de unidades/ano. Knoess fala em modelos “luxuosos, inventivos e ousados”. O Borgward moderno deverá medir forças com “os principais players da indústria”, reforça.
O seu plano ambicioso de regresso à atividade ainda está oficialmente em sigilo. Será revelado no Salão de Frankfurt, em setembro. Por enquanto, sabe-se que a linha da Borgward será fabricada com base numa plataforma modular, e motores próprios a gasolina, diesel e híbridos.
O designer Hareide adiantou que os novos modelos não serão retro. O enfoque será principalmente na “elegância, funcionalidade, acessibilidade e qualidade”.
O primeiro modelo de produção desta nova era deverá ser um SUV - o que tudo indica de dimensões próximas ao Mercedes-Benz M Class - que tem presença confirmada em Frankfurt. Para Genebra de 2016 está previsto um segundo modelo de produção.
As vendas deverão começar no início de 2016. Adaptando-se às necessidades do mercado, especula-se que o futuro imediato poderá passar por um sedan, um pequeno urbano e um SUV compacto. Na seqüência poderão ainda estar modelos híbridos e elétricos.