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A General Motors acaba de revelar as novas versões V-Series Blackwing, os modelos destinados a substituir as antigas versões V-Series, os Cadillac ATS-V e Cadillac CTS-V. Estas denominações agora são utilizadas pelas versões descafeinadas CT4-V e CT5-V apresentadas em 2019, que correspondem realmente às antigas versões V-Sport. De modo que a nova denominação das versões mais potentes e radicais da marca agora adiciona o sobrenome Blackwing, o mesmo nome do motor V8 DOHC apresentado pela Cadillac há alguns anos e que estava destinado aos modelos não nascidos da plataforma Omega.

O cancelamento dos planos dessa plataforma foi o que propiciou que as linhas ATS e CTS fossem substituídas por evoluções baseadas na antiga plataforma de tração traseira da Cadillac, utilizando também os mesmos e potentes motores. O que à primeira vista pode parecer que não seja uma grande evolução, mas para os clientes norte-americanos mais tradicionalistas é uma grande vantagem, porque significa voltar a curtir os sedans esportivos com a receita clássica dos muscle cars: muita potência por pouco dinheiro.

Isso é precisamente o que oferece o novo Cadillac CT5-V Blackwing 2022, que se torna o modelo mais potente da história da marca e ademais por um preço notavelmente inferior ao de seus rivais naturais. Mas como é habitual em todos os modelos dessa marca premium da GM, é muito complicado destacar quais são seus verdadeiros rivais de acordo com a abordagem da marca, que tem por costume apontar para modelos do segmento inferior.

Em princípio, os verdadeiros rivais do brutal CT5-V Blackwing 2022 não são outros que os BMW M5, Audi RS6 Avant e Mercedes-AMG E 63, mas não surpreende que a mídia norte-americana e inclusive os porta-vozes da empresa apontem para modelos mais baratos e menos potentes do segmento inferior, como os Mercedes-AMG C 63 e BMW M3.

Assim como o novo Cadillac CT4-V Blackwing 2022, o modelo de maior tamanho não representa nenhuma novidade em termos de design. Já que não só é muito parecido à versão CT5-V convencional, como também não mostra grandes novidades com relação aos protótipos de desenvolvimento que pudemos ver nos últimos anos pelas ruas. Todos os modelos Blackwing contam com um para-choque dianteiro ligeiramente modificado com maiores entradas de ar e telas de desenho específico, além de alguns acessórios aerodinâmicos que podem ser complementados com um novo pacote exterior de fibra de carbono do qual a empresa ainda não revelou nenhum detalhe, embora apareça nas imagens oficiais.

No interior surge a mesma receita do seu irmão menor de linha, com um habitáculo muito esportivo, mas também muito luxuoso, onde se destacam os novos bancos de desenho esportivo revestidos em couro e que são de acionamento elétrico com memória, ventilados e aquecidos. Também surgem comandos específicos e diversas inserções em fibra de carbono, criando um grande contraste com o interior revestido completamente em couro.

O Cadillac CT5-V Blackwing é sem dúvida alguma a nova estrela da marca em termos de desempenho e para isso irá estrear uma configuração de chassi muito elaborada, com um esquema de suspensão específico e não simplesmente reforçado, que inclui novos braços e um eixo multibraço traseiro, além de um sistema de suspensão magnética que promete ser 4 vezes mais rápido que o sistema anterior. Também surgem enormes discos de freio em ambos os eixos que, de maneira opcional, podem ser discos perfurados carbocerâmicos assinados pela Brembo.

As rodas de série são de 19 polegadas de alumínio forjado e são calçadas com pneus Michelin Pilot Sport 4S. Embora a Cadillac não tenha revelado por enquanto, há alguns meses confirmou que estas versões Blackwing teriam rodas de magnésio, mas provavelmente elas estarão integradas dentro de algum pacote opcional que ainda não foi detalhado.

Quanto à sua mecânica, debaixo do capô se esconde o conhecido motor V8 LT4 de 6.2 litros sobrealimentado que foi utilizado em modelos como o Cadillac CTS-V, o Chevrolet Corvette C7 Z06 e o Chevrolet Camaro ZL1. Mas na nova versão Blackwing esse bloco se converte não só no mais potente da história da marca, mas também na configuração mais potente deste motor até esta data. A empresa realizou diversas mudanças a nível interno que incluem novos cabeçotes de cilindro e válvulas de titânio, além de um novo sistema de escape esportivo para elevar seu desempenho até os 677 cv (668 hp) e 893 Nm de torque máximo. Isso significa nada menos que 28 cv e 39 Nm a mais que seu antecessor, o Cadillac CTS-V, mas também 18 cv a mais que a configuração mais potente que havíamos visto até agora desta mecânica, que era montada nos Corvette Z06 e Camaro ZL1. Além disoo, também significa 42 cv a mais que a versão topo de um de seus principais rivais, o brutal BMW M5 CS.

Graças ao novo poderio mecânico, o novo Cadillac CT5-V Blackwing é capaz de acelerar de 0 a 96 km/h (0-60 mph) em apenas 3.7 segundos, sempre e quando equipar a transmissão automática de dupla embreagem e 10 relações opcional. Para os mais puristas há uma transmissão manual de 6 velocidades, mas independentemente da transmissão escolhida, o CT5-V Blackwing sempre será de tração traseira. Sua velocidade máxima atinge os 322 km/h.

Para poder extrair todo o potencial do modelo na estrada ou no circuito, a Cadillac incluiu uma série de modos de condução com ajustes específicos da resposta do motor e dos sistemas de direção e suspensão, assim como das diferentes ajudas eletrônicas disponíveis.

Em relação a seu preço, o novo Cadillac CT5-V Blackwing parte dos 84.990 dólares, além dos 995 dólares de frete, um preço muito inferior ao de seus rivais diretos do segmento E. Por enquanto não foram abertas as reservas, mas também se espera que durante este primeiro ano esteja disponível somente de maneira limitada.