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A pequena marca britânica Caterham também se prepara para se render, por força das circunstâncias, à eletrificação, anunciando que já se encontra em desenvolvimento um Caterham Seven elétrico.

Com a provável chegada para 2023 - coincidindo com as comemorações do 50º aniversário da marca -, o objetivo para o primeiro elétrico da Caterham é, de acordo com o diretor executivo da marca, Graham Macdonald, “que ele transmita as sensações típicas de um Caterham”.

Desta forma, o foco será mantido no controle do peso para preservar a agilidade e o comportamento dinâmico típicos das propostas da marca britânica.

Embora a Caterham assegure que em princípio o Seven elétrico partilhará o máximo de componentes possível com a versão de motor a combustão, ainda há muita coisa para ser definido no projeto.

Por exemplo, a marca britânica ainda não decidiu se este Seven movido a baterias será maior e mais espaçoso que as versões atuais ou se irá manter-se fiel ao seu chassi menor e conceito minimalista, que marca os Caterham Seven. Esta hipótese parece ser a mais provável.

Com um ajuste de suspensão e regulagem do chassi, próprios para lidar com um previsível aumento de peso, o Caterham Seven elétrico deverá abdicar de tecnologias como a frenagem regenerativa, precisamente para controlar o peso final.

Com o objetivo de ter um desempenho próximo às do topo de linha 620R (que acelera até os 96 km/h em 2.79 segundos), o primeiro Caterham Seven elétrico já roda sob a forma de protótipo e até foi testado por Graham Macdonald que afirmou: “É muito parecido com um kart: tem dois pedais, uma aceleração rápida e é um produto diferente de conduzir. Não menos excitante, mas excitante de uma maneira diferente”.

Agora resta apenas saber com qual marca é que a Caterham se associará para partilhar motores e baterias. Apesar de Macdonald não ter adiantado qualquer nome, uma coisa está garantida: a Caterham não quer uma arquitetura pronta para ser usada, mas quer os componentes para criar o seu carro.

“Penso que poderíamos entrar em algum tipo de parceria onde poderíamos comprar as baterias e adaptá-las às nossas dimensões, em vez de comprar um ‘skate’ quadrado (plataforma com baterias incluídas) e colocar uma carroceria por cima. Isso não é um Caterham”, disse Macdonald.

O lançamento de um Seven elétrico, no entanto, não compromete (por enquanto) a existência do Seven com motor a combustão, como Macdonald esclarece: “a minha ambição é manter os motores a combustão o máximo de tempo possível, desde que encontremos um motor que se adeque ao nosso produto (Seven), mas está ficando cada vez mais difícil. Estão todos ficando menores e utilizando turbo compressores, e não é isso que nós queremos”.