CHINA PODERÁ SER O PAÍS A RECEBER A PRIMEIRA FÁBRICA DE BATERIAS DO GRUPO VOLKSWAGEN

A China poderá ser o país escolhido pelo grupo Volkswagen para abrir a sua primeira fábrica de baterias elétricas. O fato das autoridades chinesas terem tornado público o desejo de impulsionar a eletrificação do setor automobilístico massivamente é uma das razões apontadas para o grupo alemão escolher a China.
Lembrando que Matthias Müller, CEO do Grupo Volkswagen, anunciou recentemente o plano estratégico de longo prazo para o grupo e as suas doze marcas, que passa por uma ‘eletrificação inigualável na indústria automobilística’ e o lançamento de 30 novos modelos totalmente elétricos até 2025 - daqui a nove anos.
A Volkswagen antecipa que a partir deste ano irá vender entre dois e três milhões de veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in - anteriormente a previsão era de um milhão - e que em 2030 um terço de todos os modelos do grupo alemão serão elétricos.
Mas para alcançar esse objetivo, a Volkswagen enfrenta um problema, já que a capacidade mundial de fornecimento de baterias elétricas é estimada em cerca de 27 GWh para toda a indústria automobilística e o grupo alemão estima que precisará de 150 GWh apenas para os seus modelos.
“Para alcançarmos esse valor teremos que ter aproximadamente dez fábricas de baterias funcionando, o que exigirá um investimento de dois bilhões de euros para cada fábrica - 20 bilhões no total”, afirmou uma fonte do grupo VW.
A questão do investimento ainda está em discussão na cúpula da administração do grupo, mas a China deverá ser o primeiro país a ser escolhido para a construção de uma (ou várias) das fábricas de baterias, já que se acredita que será naquele mercado que a mobilidade elétrica terá o seu grande arranque a nível mundial com forte apoio do governo chinês.
Outra vantagem poderá vir das atuais joint ventures da Volkswagen com a Shangai Automotive e a FAW, já que a construção de fábricas com a contribuição dos parceiros significaria um investimento menos elevado e os custos com a operação seriam repartidos em dois.
O governo chinês espera que uma eletrificação massiva da indústria automobilística alivie a poluição atmosférica na área urbana dos grandes centros e proporcione incentivos financeiros para quem utilizar veículos elétricos. O que não convence alguns críticos, que afirmam que ao incentivar o uso de elétricos apenas nas áreas metropolitanas, o governo está descuidando das áreas rurais que poderão ver os seus níveis de poluição aumentar com o incremento da utilização de veículos não elétricos.