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A Citroën segue adiante em seu particular processo de eletrificação. Sua família de veículos elétricos está pronta para dar as boas-vindas àquele que, sem dúvidas, será um de seus integrantes mais importantes. O novo Citroën ë-Berlingo MPV acaba de estrear. A esperada versão 100% elétrica do bem-sucedido Citroën Berlingo já é uma realidade e está preparada para desembarcar nos concessionários.

Após conhecermos recentemente o novo Citroën ë-Berlingo Van, agora chega a vez da versão destinada ao transporte de passageiros. Uma alternativa interessante aos monovolumes tradicionais e, neste caso, aos carros elétricos que estão inundando o mercado. Com seu desempenho e nível de praticidade, o novo ë-Berlingo oferece um ponto de equilíbrio entre veículos destinados ao mundo laboral e familiar.

Dentro da Stellantis, o novo conglomerado automobilístico fruto da fusão entre FCA e PSA, o novo ë-Berlingo se posicionará junto aos Peugeot e-Rifter e Opel Combo-e Life. Todas estas vans compartilham tecnologia e, o que é igualmente importante, são produzidos nas mesmas instalações. O novo ë-Berlingo exibirá a etiqueta ‘Hecho en España’. Sua produção em série será realizada nas instalações da Stellantis em Vigo.

São mantidas as mesmas características que permitiram popularizar as versões térmicas. A linha ë-Berlingo oferecerá múltiplas opções de configuração. O interior está disponível em versões de 5 e 7 lugares. Mas o que é ainda mais importante, o veículo conta com dois comprimentos, a versão curta M com 4.40 m e a versão longa XL que alcança os 4.75 m.

A Citroën dá uma ênfase especial ao fato de que, independentemente do comprimento configurado, o novo ë-Berlingo pode acessar a qualquer tipo de estacionamento graças à sua altura inferior aos 1.90 m.

A nível estético, com relação às diferenças da versão elétrica com um Citroën Berlingo convencional, basta dar uma olhada nas imagens. As mudanças mais relevantes se encontram na parte frontal. A grade foi redesenhada e a insígnia ‘ë’ está presente em diversos lugares. Também foram adicionados diversos detalhes na cor azul ‘Anodised Blue’. A tampa que esconde a tomada de carga está situada no lugar habitual da tampa do combustível.

Quanto ao interior do novo ë-Berlingo surge um ambiente muito familiar. Agora, há novidades que devem ser consideradas. No console central se encontra o sistema ë-Toggle para manejar a transmissão e também foi incorporado um seletor de modos de condução para se escolher entre os perfis Eco, Normal e Power.

O centro nevrálgico do habitáculo é a tela táctil de 8.0 polegadas. Através dela se controla um sistema de infotainment adaptado ao sistema de propulsão. Além disso, e dependendo da versão configurada, haverá um quadro de instrumentos digital de 10 polegadas.

Agora, o mais relevante e determinante do novo ë-Berlingo é o seu sistema de propulsão elétrico. Nas entranhas desta van elétrica se encontra uma bateria de íons de lítio de 50 kWh cujo objetivo principal é alimentar um motor que alcança os 100 kW (136 cv) e 260 Nm de torque máximo. A potência é enviada ao eixo dianteiro e pode alcançar uma velocidade máxima de 135 km/h.

A autonomia máxima é de 280 quilômetros segundo o ciclo WLTP. Agora, a Citroën destaca que está em curso de homologação, de modo que a cifra final pode variar ligeiramente. Através do mencionado seletor de modos de condução poderemos optar pela eficiência ou, pelo contrário, pelo desempenho. Cada perfil adaptará o funcionamento do sistema de propulsão:

- Normal (80 kW/210 Nm). Um ponto intermediário entre autonomia e desempenho.

- Eco (60 kW/180 Nm). Prevalece a eficiência diminuindo o rendimento do aquecimento e do ar-condicionado ao mesmo tempo que se limita o torque e a potência.

- Power (100 kW/260 Nm). Oferece a condução mais dinâmica e maior desempenho no caso de transportar uma carga pesada.

Por outra parte, e igualmente importante, o novo ë-Berlingo dispõe de um sistema de recuperação de energia durante a frenagem e desaceleração do veículo. Além disso, dispõe de um botão B para aumentar o nível de retenção durante a frenagem.

A bateria tem uma garantia de 8 anos ou 160.000 quilômetros, o que chegar primeiro, para 70% de sua capacidade ao término do período. Depois do primeiro controle, após o primeiro ano ou superados os 20.000 km, se expede um certificado de capacidade da bateria e, posteriormente, outro depois de cada manutenção, que deve ser realizada em prazos de 2 anos ou 20.000 km.

Os tempos de carga variam dependendo da tomada utilizada. A carga doméstica precisa de um cabo de modo 2. Neste modo a carga é compatível com uma tomada padrão de 8A ou com uma reforçada de 16A, o que permite reduzir à metade o tempo de recarga. Se obtém 100% da capacidade em menos de 15 horas. Em um ponto de carga de parede de 3.7 a 22 kW, e com um cabo modo 3 (opcional), o tempo para completar o processo de 0 a 100% é de 7 horas e meia (7.4 kW monofásico) ou 5 horas (11 kW trifásico) respectivamente. O novo ë-Berlingo pode usar pontos de carga com uma potência de até 100 kW. O cabo de modo 4 integrado no carregador permite obter 80% da carga da bateria em apenas 30 minutos.

A dotação tecnológica é muito boa. A nova van elétrica da Citroën, em suas configurações mais completas, pode orgulhar-se do seu equipamento. A lista de sistemas de assistência à condução é composta de ajuda na partida em pendentes, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de visão traseira, controle de cruzeiro e limitador de velocidade, assistente de estacionamento Park Assist, mudança automática de luzes baixas para altas, alerta ativo de mudança involuntária de faixa, detector de fadiga do condutor, alerta de risco de colisão, reconhecimento de sinais de trânsito e controle de estabilidade do reboque.

Assim como assinalamos no início, o processo de fabricação do novo ë-Berlingo acontecerá na Espanha. Seu desembarque nos concessionários Citroën acontecerá no segundo semestre de 2021.