DACIA BIGSTER 2025: NEM SÓ O TAMANHO IMPORTA
Na verdade, o novo Bigster não deixa de ser um Duster alongado. Mas o pessoal da Dacia não se limitou a apenas isso, já que as diferenças entre um e outro vão além do ganho de comprimento e, portanto, de espaço tanto nos bancos traseiros quanto no porta-malas.
Por exemplo, ao aumento de comprimento, somam-se alguns elementos de design diferentes na parte frontal, uma gama de motores atualizada com mais potência, um nível de equipamento mais completo, com elementos que pela primeira vez vemos em um Dacia e uma melhoria no isolamento acústico interno.
Se o objetivo da Dacia é entrar com tudo no competitivo segmento SUV-C europeu, onde estão carros como o Hyundai Tucson, o KIA Sportage, o SEAT Ateca ou o Ford Kuga, era preciso melhorar muitas coisas para se tornar competitivo. Só o tempo dirá se são suficientes para que o Bigster se torne um sucesso de vendas com a clássica receita da Dacia: oferecer o mesmo que os outros, mas por menos dinheiro.
Exterior
À primeira vista, o Bigster é um SUV com um design atraente e inovador, daqueles que chamam a atenção. Tem um comprimento total de 4.57 metros, ou seja, é 23 centímetros mais longo que o Duster. Esse aumento de comprimento é conseguido alongando a distância entre os eixos em 4 centímetros e aumentando o overhang traseiro.
Na frente, surge um para-choque específico, com uma entrada de ar maior e uma grade frontal mais vertical e menos arredondada que a do Duster. Também como novidade, o teto pode ser pintado em uma cor diferente da carroceria.
Destaca-se também a quantidade de plástico preto fosco reciclado que rodeia a carroceria, conferindo-lhe uma imagem robusta e delineada. Isso ajuda a proteger o carro de pequenos impactos ou arranhões. O Bigster é o primeiro Dacia que pode equipar, opcionalmente, rodas de liga leve de até 19 polegadas e contar com uma cor exclusiva e atraente denominada ‘Indigo Blue’.
Interior
No interior, à primeira vista não há mudanças notáveis, apenas a instrumentação. No Duster a tela de 10 polegadas não aproveitava 100% do tamanho disponível. No Bigster, isso não acontece, pois é totalmente aproveitada, melhorando ainda a fluidez das informações exibidas e a resolução dos gráficos. Dependendo do acabamento, pode ser de 7 ou 10 polegadas.
Quanto ao sistema multimídia, encontramos uma tela táctil de 10.1 polegadas que vem de série em todas as versões (diferente do Duster). Nos modelos Bigster Essential e Expression, ele conta com o sistema Media Display, com quatro alto-falantes e integração sem fio do smartphone, através do Apple CarPlay e Android Auto.
O Bigster melhora o equipamento em relação ao restante dos modelos da marca, sendo o primeiro Dacia a poder equipar um climatizador de duas zonas com saídas de ar para os bancos traseiros ou um teto solar panorâmico de 1.2 metros de comprimento, com abertura e cortina de acionamento elétrico.
O design do painel é atraente e, apesar de usar plásticos duros para sua fabricação, estes são agradáveis ao toque e estão bem ajustados. No entanto, o interior em geral está um degrau abaixo do que se espera nesse segmento em termos de qualidade geral percebida.
Devido ao aumento de comprimento, o Bigster dispõe de até 23 centímetros de espaço para as pernas e um porta-malas que chega até 667 litros, que pode ser acessado, opcionalmente, através de um porta-malas elétrico (novidade na marca).
Outra dúvida sobre este modelo era se haveria opção de montar uma terceira fila de bancos para oferecer até sete lugares. A marca confirmou que não haverá um Bigster com sete lugares, já que estruturalmente seria complexo instalar essa fila extra, aumentando seu custo, além disso, a Dacia já tem em sua gama o Jogger com essa configuração.
Motores
Uma das principais melhorias do Bigster em relação ao Duster é a gama de motores. São os mesmos, mas com potência aumentada. Desde o início, haverá quatro propulsores disponíveis, todos eles com tecnologia Mild Hybrid com uma rede de 48V, incluindo o de GLP.
O básico é um 1.2 TCe com 3 cilindros e turbo que desenvolve 140 cv (130 no Duster). O segundo motor é o ECO-G, que entrega 140 cv (100 no Duster) provenientes do mesmo bloco motor 1.2 com 3 cilindros turbo, mas este pode funcionar tanto com gasolina quanto com GLP. Graças à incorporação de um sistema Mild Hybrid, a marca assegura que melhora sua resposta em baixas rotações e sua economia de uso. Nesta versão, o Bigster monta um tanque de gasolina de 50 litros e um de GLP de 49 litros (localizado sob o piso do porta-malas), o que resulta em uma autonomia total com ambos os combustíveis de cerca de 1.450 quilômetros.
A versão híbrida agora desenvolve 155 cv, ou seja, 15 cv a mais que no Duster. Seu sistema de propulsão combina um motor a gasolina 1.8 (no Duster é um 1.6) com 4 cilindros e 107 cv, dois motores elétricos (um motor de 50 cv e um motor de partida/gerador de alta voltagem) e uma nova bateria de 1.4 kWh (antes era de 1.2 kWh), que deve oferecer um maior tempo de funcionamento em modo 100% elétrico.
A versão com tração total 4x4 utiliza o motor 1.2 TCe com turbo e 3 cilindros que desenvolve 130 cv. Este é o único motor do Bigster que não sofreu variações em relação ao que equipa o Duster.
Quanto à transmissão, todos, exceto o Hybrid 155, estão associados a uma transmissão manual de 6 velocidades.
Preços
Segundo a marca, os preços do Dacia Bigster na Europa devem começar a partir de 25.000 euros, chegando a 30.000 euros se optarmos pela versão híbrida, dependendo do mercado. Um preço muito atraente se o compararmos com sua concorrência direta no segmento dos SUV-C, que se movem em preços acima de 34.500 euros em média.
O Bigster será apresentado no Salão de Paris no próximo dia 14 de outubro, com reservas abertas em janeiro de 2025.