DUESENBERG MODEL J MURPHY CONVERTIBLE BERLINE 1930: LUXO, PODER E ELEGÂNCIA SOB MEDIDA
A Duesenberg já era sinônimo de prestígio e engenharia avançada quando lançou o Model J em 1928. Concebido para ser o automóvel mais luxuoso e potente do mundo, o Model J representava o auge da ambição automotiva americana em plena era de ouro. Com seu chassi grandioso, motor sofisticado e a colaboração dos mais renomados encarroçadores, ele conquistou milionários, estrelas de cinema e aristocratas.
Em 1930, um dos exemplares mais refinados desse modelo surgiu: o Duesenberg Model J Murphy Convertible Berline. A carroceria foi criada pela prestigiada Walter M. Murphy Company, de Pasadena, Califórnia, considerada a encarroçadora favorita dos clientes Duesenberg. A Murphy tinha estilo característico, combinando linhas elegantes, proporções imponentes e um equilíbrio visual que destacava a imponência sem perder a sofisticação.
O termo ‘Convertible Berline’ descreve uma carroceria que unia a formalidade de uma berlina (sedan fechado) com a versatilidade de um conversível. Ou seja, um automóvel de grande porte, luxuoso, mas que permitia ao proprietário desfrutar também da condução a céu aberto. Era um conceito muito valorizado por clientes que desejavam exclusividade absoluta.
O coração do Model J era um motor 8 cilindros em linha de 6.9 litros, projetado pelo lendário engenheiro Fred Duesenberg. Entregava 265 cv de potência - números impressionantes para a época -, permitindo que o carro alcançasse velocidades acima de 180 km/h, algo inédito para veículos de luxo daquela era. Esse desempenho o colocava em um patamar à frente de rivais europeus como Rolls-Royce e Hispano-Suiza.
No interior, o Murphy Convertible Berline refletia o requinte máximo: painéis em madeira nobre, couro de alta qualidade, detalhes cromados e instrumentação avançada. Cada exemplar era feito sob encomenda, refletindo os gostos e desejos específicos de seus proprietários, que muitas vezes incluíam magnatas da indústria e astros de Hollywood.
O Duesenberg Model J Murphy Convertible Berline de 1930 tornou-se símbolo de status absoluto. Pouquíssimos exemplares foram produzidos nessa configuração, tornando-o hoje uma raridade valiosíssima nos leilões internacionais, frequentemente atingindo cifras milionárias.
Mais do que um automóvel, ele é um ícone cultural que traduz a frase publicitária imortal associada à marca: “It’s a Duesy” (abreviação de ‘Duesenberg’), expressão que passou a significar algo extraordinário.