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O Excelsior Albert I Roadster de 1927 é uma joia da engenharia automotiva belga, representando o auge da sofisticação e inovação da década de 1920. Produzido pela Compagnie Nationale Excelsior, fundada em 1903 por Arthur de Coninck em Bruxelas, este veículo é um marco na história automotiva, combinando design elegante, desempenho robusto e avanços técnicos que rivalizavam com gigantes da época, como Rolls-Royce, Hispano-Suiza e Bentley.

O Albert I Roadster é um conversível de carroceria roadster, com capacidade para 4 a 5 ocupantes, equipado com um motor de 6 cilindros em linha, 5.3 litros e câmara de combustão com comando de válvulas no cabeçote (OHC). Com 130 cv de potência a 3.000 rpm, o motor naturalmente aspirado entregava potência às rodas traseiras por meio de uma transmissão manual de 4 velocidades. Sua velocidade máxima era de impressionantes 145 km/h, um feito notável para a época. A carroceria, frequentemente assinada por encarroçadores renomados como Snutsel, exibia linhas fluidas e detalhes refinados, com opções de acabamento que destacavam sua exclusividade.

O Albert I também se destacava pela inovação técnica. Inspirado no modelo Adex, ele incorporava um sistema de freios de quatro rodas com assistência de servo Dewandre, uma tecnologia avançada que aumentava a segurança e a precisão. Sua suspensão e construção robusta garantiam uma dirigibilidade equilibrada, tornando-o tanto um carro de passeio luxuoso quanto uma máquina competitiva em eventos automobilísticos.

História e Legado

A Excelsior surgiu em 1903 como uma empresa que inicialmente utilizava motores franceses Aster, mas rapidamente evoluiu para desenvolver seus próprios motores e transmissões a partir de 1907. O Albert I, lançado em 1922 e produzido até o final da década, foi o ápice dessa evolução, sendo comparado aos melhores carros de luxo da época. Em 1923, dois Albert I competiram nas 24 Horas de Le Mans, conquistando a 6ª e a 9ª posições, um testemunho de sua durabilidade e desempenho.

Apesar de seu sucesso, a Excelsior enfrentou desafios financeiros, e em 1929 a empresa foi adquirida pela concorrente Impéria, que continuou a usar o nome Excelsior até 1932. O Albert I, no entanto, permaneceu como um símbolo de excelência, com sua qualidade técnica e estética deixando um legado duradouro entre os entusiastas de carros clássicos.

A compra de um Excelsior pela Família Real Belga trouxe grande prestígio à marca, reforçando sua reputação de qualidade. Exemplares do Albert I Roadster podem ser encontrados em museus como o Autoworld, em Bruxelas, onde sua beleza atemporal é preservada. Com produção limitada, cada Albert I era praticamente uma peça única, muitas vezes personalizada por encarroçadores de renome.

O Excelsior Albert I Roadster de 1927 não é apenas um automóvel, mas uma obra-prima que guarda a ambição e o talento da indústria automotiva belga. Sua combinação de desempenho, inovação e design sofisticado o torna uma peça cobiçada por colecionadores e um testemunho da era dourada dos automóveis. Para os apaixonados por carros clássicos, o Albert I é mais do que um veículo: é uma celebração da engenhosidade humana sobre rodas.