FERRARI DAYTONA SP3: O FUTURO SE INSPIRA NO PASSADO

Nos últimos tempos a Ferrari se propôs a chegar ainda mais longe com seus carros, criando uma série de modelos extremamente exclusivos que também prestam homenagem a veículos icônicos do passado de Maranello. Assim nasceu a série Ferrari ICONA, uma família de modelos com a filosofia de criar algo diferente, algo que não existe no mercado, unir passado e futuro tomando como inspiração alguns de seus modelos mais famosos.
Assim, os Ferrari Monza SP1 e SP2 nasceram como duas barchettas inspiradas em modelos de corrida clássicos dos anos 50 como o F166 MM, o F750 e o F860 Monza. Agora o terceiro modelo da série ICONA toma como inspiração os Sport Prototipos dos anos 60, como os míticos Ferrari F330 Daytona P4 e o F350 Can Am de 1967. Na verdade, nos últimos meses surgiram alguns flagrantes do modelo ainda camuflado. Agora, finalmente surge com o nome de Ferrari Daytona SP3, um espetacular e exclusivo superesportivo de motor central e teto ‘Targa’ que revive a glória daquele trio nas 24 Horas de Daytona de 1967 em um carro moderno.
Este novo modelo de edição limitada apresentado em Mugello no âmbito do Ferrari World Finals 2021 completa um tridente de luxo junto aos dois Monza, prestando homenagem ao passado mais esportivo da casa italiana, mas ao contrário de seus irmãos, que nasceram sobre a base do F812 Superfast, o Daytona SP3 oculta sob sua nova carroceria o DNA do LaFerrari, com um motor V12 de 6.4 litros aspirado e montado em posição central traseira, capaz de oferecer 840 cv de potência e 697 Nm de torque máximo, podendo atingir 9.500 rpm, acoplado a uma transmissão de dupla embreagem de 7 velocidades.
São cifras que servirão para mover um exclusivo superesportivo que pesa no total 1.485 kg, 60 a menos que o LaFerrari Aperta, e que deixa uma distribuição de pesos 44/56. Com estes ingredientes este novo Daytona pode acelerar de 0 a 100 km/h em 2.8 segundos e de 0 a 200 em 7.4 segundos, alcançando mais de 340 km/h de velocidade máxima.
Esta base se veste agora com uma nova e atraente carroceria feita completamente de fibra de carbono, que busca replicar as formas dos protótipos dos anos 60, com um design de formas voluptuosas, mas limpas e com volumes marcados, como os arcos de roda ao estilo dos anos 60, seu para-brisa envolvente ou suas entradas e saídas de ar com um estilo tela com linhas horizontais para deixar uma aparência mais clássica. Aqui a aerodinâmica não tem nenhum elemento ativo nem grandes aerofólios, mas há flaps como nos modelos nos quais se inspira, todos os elementos aerodinâmicos estão integrados na carroceria. Inclusive os faróis contam com flaps ou pequenas abas que os cobre e que se abrem quando se aciona o farol baixo.
Assim, como resultado temos um carro que assume as formas desses modelos clássicos, pero que se parece com um modelo totalmente novo. Na verdade, o próprio Flavio Manzoni, designer da casa de Maranello deixou claro destacando que o Daytona SP3 “não é um Ferrari de estilo vintage, é uma reinterpretação dos modelos icônicos da marca com um novo estilo”.
A parte mais chamativa deste conjunto é que se trata de um modelo conversível tipo ‘Targa’, com um teto de fibra de carbono que se desmonta manualmente e que será preciso deixá-lo em casa quando não está sendo usado, já que na verdade o minúsculo porta-malas dianteiro só tem espaço para um teto de lona de emergência. No lado esquerdo da carroceria encontra-se o radiador de óleo da embreagem e no direito o do motor. Isso, longe de ser um detalhe sem muita importância, é o que permite dar a este modelo essa característica forma de protótipo clássico.
“O design é marcado e condicionado pela colocação dos radiadores nas laterais da carroceria, o que nos permitiu criar essas grandes entradas duplas de ar que recorrem as laterais e criam um estilo único e ao mesmo tempo voluptuoso” destaca Manzoni.
O interior se mostra tão racing como o exterior, com bancos que vão integrados no chassi formando uma única peça que integra o console central ao mesmo temo, e que como já ocorria no LaFerrari os bancos não são reguláveis, portanto, será necessário ajustar os pedais e o volante.
Não falta um painel de comandos completamente digital com uma tela curva de 16 polegadas para poder ter acesso a toda informação do carro. Tudo isso em um interior com a mais alta qualidade de materiais que não só utilizam fibra de carbono em zonas como portas e soleiras, como também Kevlar. Como podemos imaginar, sendo um modelo de edição limitada, o carro é também muito personalizável através da divisão Taylor Made da Ferrari.
Este Ferrari Daytona SP3 estará limitado a apenas 599 exemplares com um preço por volta de 2.2 milhões de euros, dependendo do mercado, e começarão a ser entregues aos seus afortunados proprietários no final de 2022 e até 2024.