FIAT E RENAULT ENCERRARÃO SUA COLABORAÇÃO NA LINHA DOS VEÍCULOS COMERCIAIS

A aliança mantida entre Renault e Fiat no setor dos veículos comerciais está próxima de chegar ao seu final. O Grupo Renault e a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) concluirão sua colaboração neste importante mercado devido à iminente finalização do processo de fusão entre FCA e Groupe PSA para formar a Stellantis, o quarto maior fabricante de veículos a nível global.
Em um acordo firmado na ‘era Carlos Ghosn’ no Grupo Renault, a produção do Fiat Talento, um furgão baseado no Renault Trafic, vem sendo realizada nas instalações localizadas em Sandouville (França). A entrada em cena da PSA e, portanto, da Peugeot e Citroën, fez com que tudo mudasse. A FCA poderá contar agora com um dos fabricantes líderes neste campo.
Clotilde Delbos, a nova diretora executiva da Renault, confirmou que o contrato de colaboração com a Fiat finalizará e que, portanto, estão buscando novos sócios. Devemos considerar que, além de produzir o mencionado Fiat Talento, no centro de produção da Renault também são fabricados o Nissan NV300 e o Mitsubishi Express. Durante o ano de 2019 foram produzidos por volta de 15.000 unidades do modelo da Fiat.
Nem Delbos nem qualquer outro alto cargo da Renault deu mais detalhes sobre a finalização do acordo de colaboração com a Fiat. A própria FCA tampouco fez comentários. De qualquer forma, além do fato de que a aliança de ambos os fabricantes tenha terminado ou não antes do tempo, está claro que a Stellantis foi a principal responsável dessa decisão.
Se tudo correr conforme o previsto, o processo de fusão da Fiat Chrysler Automobiles e o Groupe PSA finalizará no primeiro trimestre de 2021. Será então quando estas duas empresas se unirão para dar vida à Stellantis. Este novo gigante da indústria automobilística será uma autêntica referência no mercado dos veículos comerciais. Somando a participação de mercado ostentada por FCA e PSA em separado hoje em dia, em alguns países da União Europeia estarão acima de 45%.
Precisamente esta questão da posição dominante no mercado dos veículos comerciais que a Stellantis terá se tornou um entrave que chegou a paralisar o processo de fusão entre FCA e PSA.