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A histórica marca de luxo terá seu regresso no Salão de Genebra com o Carmen, um modelo elétrico definido como um ‘grand tourer de luxo’ e com mais de 1.000 cv.

Segundo os responsáveis da marca, o Carmen é um GT de dois lugares que entra no mercado dos hipercarros, mas pelo lado do luxo e da opulência. Com 4.7 metros de comprimento cria o segmento ‘hyperlux’ que mistura desempenho de hipercarro com o luxo de marcas como Rolls-Royce e Bentley. 

O Hispano-Suiza Carmen conta com motores elétricos que totalizam 1.018 CV e um peso de 1.690 quilos. Sua velocidade máxima não vai além dos 250 km/h pela limitação eletrônica, e será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos.

Projetado e concebido pela empresa espanhola QEV Techonologies - a mesma empresa sediada em Barcelona que conduz o programa de pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos da Mahindra e administra a participação da marca indiana na Fórmula E - que também terá a responsabilidade de produzi-lo.

O Carmen tem uma particularidade: será um dos automóveis de série (mesmo que restrita) que utilizará mais intensivamente a fibra de carbono. A Hispano-Suiza informa que o chassi monocoque em carbono e os subchassis serão os mais rígidos da indústria automobilística, lembrando que todos os painéis da carroceria e os bancos também serão feitos em fibra de carbono.

Com um motor elétrico de 510 cv em cada eixo, o Carmen conta com um sistema de vetorização de torque que ajuda para que os motores sejam controlados, recebendo eletricidade de um pacote de baterias com 80 kWh, composto por 700 células arrumadas em uma forma em T no centro do carro e atrás dos bancos, para promover maior estabilidade e menores vibrações. Motores e baterias têm refrigeração líquida.

Tudo isso para permitir uma autonomia de 400 quilômetros, por enquanto, pois a QEV pretende montar dentro de pouco tempo, baterias com 105 kWh, que podem ser montadas nos carros atuais. O carregador interno aceita todas as normas de recarregamento até 85 kWh.

O Carmen tem suspensões independentes com duplo triângulo nas quatro rodas, frenagem assegurada por discos carbocerâmicos com 380 x 34 mm e com pinças de competição da AP Racing com seis pistões, tendo função regenerativa sendo controlados sem ligação mecânica ou hidráulica, ou seja, ‘fly by wire’.

O carro terá uma produção de 19 exemplares que começa no final do ano e verá as primeiras entregas sedo feitas no segundo semestre de 2020. O preço não é barato: 1.5 milhões de euros, fora os impostos.