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Afinal, parece que a ideia de transformar a Jaguar em uma marca totalmente elétrica a partir de 2020 continua em pauta. Depois do anuncio que o XF será um sedan totalmente elétrico, juntando-se ao já conhecido i-Pace, agora é o novo F-Type que poderá ser totalmente elétrico.

As razões para essa mudança de paradigma, além das evidentes razões ligadas à mobilidade e à defesa do ambiente, os britânicos podem ir mais além no que diz respeito ao estilo dos seus modelos. Com as baterias colocadas no fundo do carro e os motores elétricos um em cada roda ou um em cada eixo, a liberdade oferecida aos estilistas é enorme. Essa arquitetura favorece também o comportamento, baixando o centro de gravidade.

A experiência da Jaguar na produção utilizando o alumínio é uma vantagem, pois dessa forma poderá amenizar os efeitos do peso superior devido às baterias. Além disso, com a densidade das baterias melhorando a cada dia, em 2021 o F-Type poderá, sem grandes dificuldades, chegar a um nível de potência muito interessante e com uma autonomia alargada. E com dois motores elétricos, poderá ser oferecida tração dianteira e nas quatro rodas.

Mas a Jaguar percebe que existe a necessidade de satisfazer outros clientes e por isso, recupera um elo, perdido desde que o grupo Rover foi vendido pela BMW nos anos 90 do século passado. A BMW fornecerá à Jaguar o seu motor V8 de 4.4 litros - as vendas da Jaguar não justificam o investimento em um novo V8 - que poderá equipar ou uma versão do F-Type ou uma versão com base nesse modelo para o distanciar da mobilidade elétrica e poder brigar com o Porsche 911. A potência rondará os 650 cv e dará ao novo modelo condições para ser um superesportivo. Poderá surgir então, aproveitando a plataforma do F-Type, o substituto tão esperado do XK. Este seria mais tradicional com o motor V8 da BMW e o F-Type seria o esportivo moderno eletrificado.

Tudo isso é apenas especulação, pois não se sabe o que os indianos da TATA pensam. Por ora deram um cartão amarelo aos atuais gestores britânicos, mostrando-se decepcionados com o nível de vendas dos modelos da Jaguar, sejam a diesel ou a gasolina. Por isso, foi aventada uma solução radical que tornaria a Jaguar uma marca puramente elétrica. E o sucesso do i-Pace acaba por dar razão àqueles que querem essa mudança.