LAMBORGHINI DIABLO CELEBRA O SEU 30º ANIVERSÁRIO

A dinastia dos V12 da Lamborghini está de comemoração, já que um de seus exclusivos membros faz aniversário. O Lamborghini Diablo celebra seu 30º aniversário, comemorando sua chegada oficial ao mercado em janeiro de 1990. O Diablo, conhecido a nível interno como Progetto 132, foi concebido na época em que a Lamborghini pertencia à Chrysler.
Temos que voltar a 1985, quando a Lamborghini, ainda sob o comando dos irmãos Mimran - multimilionários empresários suíços, inicia o desenvolvimento do Projeto 132. O carro tinha como objetivo substituir o Countach, que acusava o passar dos anos após ter sido lançado em 1974. O novo modelo era destinado a ocupar o topo da linha Lamborghini, contribuindo com a dinastia dos V12 da casa de Sant’Agata Bolognese.
As linhas limpas e agressivas são o resultado do projeto de Marcello Gandini. Este projeto foi parcialmente supervisionado pelo centro de design da Chrysler, uma vez que a Automobili Lamborghini passou a fazer parte do gigante automobilístico americano em 1987. O estilo em forma de cunha dos 70 e 80 não chegava a desparecer por completo e o Diablo até certo ponto preservava esse espírito clássico.
Quando chegou ao mercado em janeiro de 1990, o Lamborghini Diablo logo se tornou o modelo de produção mais rápido do mundo, capaz de alcançar uma velocidade máxima de 325 km/h. A nível dinâmico, seu comportamento se deve em grande parte ao piloto italiano e Campeão do Mundo de Rallys em 1977, Sandro Munari, que contribuiu no intenso trabalho de desenvolvimento.
Debaixo do seu capô traseiro, um motor V12 de 5.7 litros, 4 eixos comando de válvulas no cabeçote e 4 válvulas por cilindro, equipado com injeção eletrônica multiponto, era o encarregado de animar o Diablo. Entregava uma potência de 485 cv e um torque de 580 Nm. Ao mesmo tempo, oferecia um interior luxuoso, com couro, ar condicionado, vidros elétricos e bancos elétricos. E tudo no Diablo era puro, sem ajudas eletrônicas nem direção assistida até 1993.
Precisamente nesse mesmo ano, a Lamborghini introduziu o Diablo VT, o primeiro Lamborghini GT com tração nas 4 rodas. O modelo introduziu uma série de melhorias mecânicas e mudanças de estilo que mais tarde se veriam refletidos na versão de propulsão traseira do superesportivo italiano. 1993 continuaria sendo um ano especial para o pessoal de Sant’Agata Bolognese, já que também foi introduzida a série especial SE30 que celebrava os 30 anos do nascimento da empresa com um incremento de potência até os 523 cv.
Chegamos agora em 1995, ano em que a empresa italiana apresenta o Lamborghini Diablo SV no Salão de Genebra. Disponível unicamente em configuração de tração traseira, o Diablo Super Veloce oferecia 510 cv de potência e um grande aerofólio traseiro ajustável. E, no final do ano, a Lamborghini apresenta o Diablo VT Roadster. Tratava-se do primeiro Lamborghini de 12 cilindros, teto aberto de produção em série da marca, com um design ligeiramente revisado e tração nas 4 rodas.
Apesar dos esforços da Lamborghini e das inúmeras edições especiais apresentadas do Diablo, a empresa se encontrava à beira da bancarrota (mais uma vez) em 1998. Para sorte dos italianos, o Grupo Volkswagen entrou no jogo e adquiriu a Lamborghini. Situou a empresa sob o guarda-chuva da Audi e a converteu na referência do segmento dos superesportivos que é atualmente.
E uma das primeiras ações realizada pela Audi como responsável pela Lamborghini foi um restyling para o Diablo SV em 1999. Esta atualização foi levada à cabo por Luc Donckerwolke, o primeiro designer interno da Lamborghini (hoje no Grupo Hyundai). Seguiram-se o Diablo VT e o VT Roadster, com um estilo mais moderno graças à revisão profunda realizada no final do século XX. Do ponto de vista mecânico, o Diablo mais potente havia aterrissado, graças a seus 529 cv de potência e 605 Nm de torque máximo. Contava também com avanços como o comando variável de válvulas e freios com ABS.
Por último, o Lamborghini Diablo esteve disponível em várias séries especiais e de competição - como o Diablo SVR, o Diablo GTR e o Diablo GT, assim como versões com motor V12 de 6.0 litros, entre 1999 e 2001, ano em que foi encerrada oficialmente a produção do Diablo, modelo que foi sucedido pelo Murcielago. No total, foram fabricadas 2.903 unidades do Diablo entre 1990 e 2001.