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A tradição da Lotus sempre se baseou em modelos que combinavam elevada potência com carroceria muito leve, garantindo assim um desempenho no nível de superesportivos bem mais potentes e bem mais caros.

Mas aquilo que a marca britânica nunca se preocupou em fazer foi entrar no capítulo dos crossovers. Agora, depois da venda aos chineses da Geely, já se fala na hipótese de a Lotus lançar um SUV, mas até aqui, isso nunca foi prioridade para uma marca cujo DNA tem tudo a ver com esportivos e automóveis de competição.

Isso acaba de mudar, uma vez que Mathieu Echeverri, cineasta francês e entusiasta da marca fundada por Colin Chapman, pediu a um preparador para transformar um Lotus Elise num todo-terreno.

A transformação ficou a cargo da Decl-Concept, empresa de David Levy, amigo de Mathieu. Foi ele que o convenceu a comprar um Lotus Elise de 1999 para essa transformação, sendo que o pedido foi muito simples e direto: um Elise capaz de andar por todo o tipo de terreno.

O resultado é o primeiro Lotus Elise Safari da história, que apesar de não ter tração nas quatro rodas, está pronto para acelerar fora da estrada. Nem é preciso dizer que Mathieu ficou impressionado com a criação, que apesar das alterações na carroceria continua pesando menos de 800 quilos.

A imagem exterior continua fiel ao esportivo da marca britânica, mas destacam-se os pneus rugosos de todo-terreno, a nova suspensão que o deixa bem mais alto, os arcos das rodas mais musculosos e a estrutura metálica do habitáculo conta com um kit de luzes extra e um suporte para pranchas.

Em relação ao motor, a Decl-Concept manteve o bloco original de 120 cv. Ainda assim, e apesar do centro de gravidade desse Safari ser bem mais alto do que o de um Elise convencional, esse Lotus continua sendo ágil e rápido, com a diferença de que agora não terá que se preocupar se passar por uma estrada de terra e com buracos.